Protocolo de Vigilância e Manejo de Casos Suspeitos de Doença pelo Vírus Ebola( DVE)

DEFINIÇÕES

CASO SUSPEITO: Indivíduos procedentes, nos últimos 21 dias, de país com transmissão atual de Ebola (Libéria, Guiné e Serra Leoa) que apresente febre de início súbito, podendo ser acompanhada de sinais de hemorragia, como: diarreia sanguinolenta, gengivorragia, enterorregia, hemorragias internas, sinais purpúricos e hematúria. Embora existam casos na Nigéria, todos são secundários a um caso proveniente da Libéria. No contexto atual, a Nigéria não é considerada como
possível origem de casos que venham para o Brasil.


CASO PROVÁVEL: caso suspeito com histórico de contato com pessoa doente, participação em funerais ou rituais fúnebres de pessoas com suspeita da doença ou contato com animais doentes ou mortos.


CASO CONFIRMADO: Caso suspeito com resultado laboratorial para Reação de Polimerase em Cadeia (PCR) conclusivo para Ebola realizado em laboratório de referência.


CASO DESCARTADO: Caso suspeito com dois resultados laboratoriais para Reação de Polimerase em Cadeia (PCR) negativos para Ebola realizados em Laboratório de Referência definido pelo Ministério da Saúde, com intervalo mínimo de 48 horas entre as duas colheitas.


CONTACTANTE ou COMUNICANTE: Indivíduo que teve contato com sangue, fluido ou secreção de caso suspeito ou confirmado; ou que dormiu na mesma casa; ou teve contato físico direto com casos suspeitos ou com corpo de casos suspeitos que foram a óbito (funeral); ou teve contato com roupa ou roupa de cama de casos suspeitos; ou que tenha sido amamentado por casos suspeitos (bebês).

INFORMAÇÕES SOBRE A DOENÇA


A doença pelo vírus Ebola (DVE) é causada por vírus da família Filoviridae, gênero Ebolavirus. Quando a infecção ocorre,os sintomas geralmente começam de forma abrupta. A primeira espécie de vírus Ebola foi descoberta em 1976, onde atualmente é a República Democrática do Congo, próximo ao rio Ebola. Desde então, os surtos têm ocorrido esporadicamente.
Há cinco subespécies identificadas de vírus Ebola. Quatro dos cinco têm causado doenças nos seres humanos: 

  1. VírusEbola (Zaire Ebolavirus); 
  2. Vírus Sudão (Sudan Ebolavirus); 
  3. Vírus Taï Forest (Floresta Ebolavirus Taï, ex-Côte d'Ivoire Ebolavirus); e
  4. Vírus Bundibugyo (Bundibugyo Ebolavirus). 
  5. Vírus Reston (Reston Ebolavirus), causou doença em primatas não humanos, mas não em seres humanos.

De acordo com as evidências científicas disponíveis, o vírus é zoonótico e o morcego é o reservatório mais provável.Quatro dos cinco subtipos ocorrem em hospedeiro animal nativo da África.

A infecção pelo vírus Ebola ocasiona: 

  • febre (superior a 38°C), 
  • cefaleia,
  •  fraqueza, 
  • diarreia, 
  • vômitos, 
  • dor abdominal,
  • inapetência, 
  • odinofagia e manifestações hemorrágicas.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO:
O período de incubação pode variar de 2 a 21 dias.

TRANSMISSÃO:
Não há transmissão durante o período de incubação. A transmissão só ocorre após o aparecimento dos sintomas e se dá por meio do contato com sangue, tecidos ou fluidos corporais de indivíduos infectados (incluindo cadáveres), ou do contato com superfícies e objetos contaminados.

DETECÇÃO, NOTIFICAÇÃO E REGISTRO
O Ebola é uma doença de notificação compulsória imediata. A notificação deve ser realizada pelo profissional de saúde ou pelo serviço que prestar o primeiro atendimento ao paciente, pelo meio mais rápido disponível, de acordo com a Portaria Nº1.271, de 6 de junho de 2014.
Todo caso suspeito deve ser notificado imediatamente às autoridades de saúde das Secretarias municipais, Estaduais e à Secretaria de Vigilância em Saúde por um dos seguintes meios: 

  1. telefone 0800.644.6645, preferencialmente; 
  2. e-mail notifica@saude.gov.br ou formulário eletrônico no site da SVS.
  3. Endereço eletrônico: https://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=6742.
  4. O registro dos casos que se enquadram na definição de caso suspeito de Ebola deve ser realizado por meio da ficha de notificação individual no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) utilizando o Código Internacional de Doenças(CID) A98.4.
  5. A ficha de registro está acessível por meio do endereço https://j.mp/1kY2rk8. 

CASO SUSPEITO EM AVIÃO

Na ocorrência de caso suspeito em aeronave, deverão ser adotados os seguintes procedimentos:


1. O caso suspeito deve ser manejado na aeronave e informado ao aeroporto de destino, seguindo os protocolos e procedimentos da ANVISA, de acordo com as orientações dos organismos internacionais;


2. O aeroporto deve acionar, imediatamente, o Posto da ANVISA, que realizará os procedimentos indicados para avaliaçãodo caso e adoção das medidas necessárias;


3. O Posto da Anvisa deve acionar o SAMU 192 ou serviço indicado pela Secretaria Estadual de Saúde;


4. Se caracterizado como caso suspeito de Ebola e caso haja condição clínica para remoção, o Posto da ANVISA deverá notificar o caso à SVS (0800 – 644 - 6645) que orientará a conduta e acionará o transporte aéreo para o hospital de referência nacional (Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/Fiocruz – RJ);


5. Se houver disponibilidade imediata do transporte aeromédico, o paciente será transferido diretamente do avião em que chegou para a aeronave que o levará ao hospital de referência nacional;


6. Não sendo possível o encaminhamento imediato para o hospital de referência nacional ou no caso do paciente não ter condições de ser transferido por conta de sua condição de saúde, o SAMU 192 ou serviço indicado pela Secretaria Estadual de Saúde deverá comunicar o hospital de referência estadual sobre o deslocamento do paciente. Nessas condições, o paciente deverá ser transportado para o hospital de referência estadual e apenas os profissionais do SAMU 192 ou serviço indicado pela Secretaria Estadual de Saúde deverão realizar o transporte do paciente, utilizando os equipamentos de proteção individual-EPI preconizados;

7. O Posto da ANVISA entrevistará os passageiros e tripulantes para identificação de contactantes;

8. Os passageiros sentados ao lado do caso suspeito, imediatamente à frente e atrás, devem ser incluídos como contactantes, bem como os passageiros e tripulantes que tiveram contato com fluidos corpóreos e pessoas que estão acompanhando o caso suspeito na viagem;


9. Os contactantes deverão ser acompanhados pela Secretaria Estadual de Saúde;


10. Os procedimentos de limpeza e desinfecção da aeronave devem seguir o “Plano de Contingência e Resposta para Emergência em Saúde Pública para Pontos de Entrada” da ANVISA.Nos casos suspeitos em navios deverão ser adotados os mesmos procedimentos do “Plano de Contingência e Resposta
para Emergência em Saúde Pública para Pontos de Entrada”.

ATENDIMENTO INICIAL DO CASO SUSPEITO EM SERVIÇO DE SAÚDE

Considerando a emergência internacional, é importante que, no primeiro contato com paciente febril, os serviços de saúde perguntem sobre o histórico de viagem nos últimos 21 dias para os países onde há epidemia de Ebola. Caso positivo, o paciente será considerado como caso suspeito e deverão ser adotadas as medidas de biossegurança indicadas, evitando-se qualquer contato, procedimento ou manipulação que não seja absolutamente essencial naquele momento.

O serviço de saúde público ou privado que atender um caso suspeito de Ebola deverá notificar imediatamente a Secretaria Municipal, Estadual de Saúde ou à SVS; e acionar o SAMU 192 ou serviço indicado pela Secretaria Estadual de Saúde, que é o responsável pelo transporte do paciente ao hospital de referência. Deve-se manter o paciente em isolamento e aguardar a chegada da equipe ao local para realizar o transporte para o hospital de referência estadual.

As equipes dos hospitais de referência, juntamente com as comissões de controle de infecção hospitalar deverão definir condições, fluxos, procedimentos e responsáveis pelo atendimento dos casos suspeitos de Ebola.

PROCEDIMENTOS GERAIS A SEREM REALIZADOS NOS HOSPITAIS DE REFERÊNCIA PARA ATENDIMENTO DO PACIENTE

Alguns procedimentos gerais devem ser adotados no atendimento a um paciente considerado como suspeito para Ebola:

1. Todas as atividades que envolvem o atendimento ao paciente e o manuseio de qualquer material que teve contato com ele ou com seus fluidos corporais deverão ser realizadas adotando-se as medidas de biossegurança indicadas a cada caso;


2. Todos os profissionais de saúde encarregados do atendimento direto aos pacientes suspeitos de DVE devem estar protegidos utilizando os EPI especificados na Nota Técnica 2/2014 GGTES/ANVISA e no Anexo B deste Protocolo.


3. Evitar a movimentação e o transporte do paciente para fora do quarto de isolamento, restringindo-os às necessidades médicas. Quando necessário, tanto o paciente quanto o profissional que for fazer o transporte devem utilizar os EPI recomendados;


4. Não manipular caneta, telefone celular, óculos de grau ou outro objeto pessoal enquanto estiver paramentado para evitar contaminação;


5. Recomenda-se que os procedimentos de paramentação e retirada dos EPI sejam realizados em dupla, permitindo a observação cuidadosa da rotina de biossegurança preconizada;


6. Atenção especial deve ser dada aos procedimentos de lavagem das mãos, por parte dos profissionais que realizam os procedimentos, utilizando antisséptico como o álcool-gel ou soluções padronizadas pelo serviço. A higiene das mãos deve ser realizada imediatamente após a remoção dos EPI.


7. Todos os EPI deverão ser descartados como resíduos do Grupo A1, conforme descrito na RDC/Anvisa nº 306 de 04 de dezembro de 2004, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde;


8. Usar dispositivos descartáveis para o atendimento ao paciente sempre que possível. Quando não houver dispositivo descartável, implantar o uso exclusivo para cada paciente, de estetoscópio, esfigmomanômetro e termômetro, que deverão sofrer desinfecção imediatamente após o uso;


9. Evitar o uso de altas pressões de água e procedimentos que gerem aerossóis e respingos;


10. Usar os EPI recomendados durante a limpeza do meio ambiente e do manuseio de resíduos;


11. Descartar os materiais perfuro-cortantes em recipientes de paredes rígidas, resistentes à punção, com tampa e resistentes à esterilização. Estes recipientes deverão estar localizados próximos à área de uso. Estes resíduos são considerados do Grupo A1;


12. Todos os itens com os quais o paciente tiver contato e superfícies devem ser submetidos à desinfecção com hipoclorito de sódio 10.000 ppm ou 1% de cloro ativo (com 10 minutos de contato) ou álcool a 70%. Este procedimento deve ser repetido a cada troca de plantão ou conforme necessidade, de acordo com o Manual Segurança do Paciente Limpeza e Desinfecção de Superfícies da Anvisa.

ATENDIMENTO NO HOSPITAL DE REFERÊNCIA ESTADUAL


O paciente permanecerá no hospital de referência estadual até que seja possível a sua remoção para o hospital de referência nacional. Caso a condição clínica do paciente não permita a transferência do mesmo de forma imediata, a reavaliação do quadro clínico deve ser periodicamente realizada e, tão logo seja possível, o SAMU 192 ou serviço indicado deve ser acionado para realização do transporte do paciente para a aeronave que o levará ao estado onde está localizado o hospital de referência nacional e o atendimento ao paciente será continuado no hospital de referência nacional.


Os hospitais de referência estaduais deverão adotar os seguintes procedimentos específicos frente a um caso suspeito:
1.  Notificar imediatamente a Secretaria Municipal, Estadual de Saúde ou à SVS;
2.  Avaliar continuamente a condição clínica do paciente para verificar possibilidade de transferência para o hospitalde referência nacional;
3.  Orientar o paciente e familiares/acompanhantes sobre os procedimentos que serão adotados;
4.  Internar o paciente em quarto privativo com banheiro, em isolamento, com condições de suporte à vida;
5.  Realizar primeira coleta de material do paciente (sangue total) para diagnóstico laboratorial de Ebola, teste rápido para malária e tipagem sanguínea, em alíquotas separadas;
6.  O teste rápido para malária deverá ser realizado em todos os casos suspeitos à beira do leito. Caso o teste seja positivo para malária, iniciar a terapêutica específica. Esse diagnóstico não descarta a suspeita de Ebola;
7.  Caso o quadro clínico seja instável ou já seja indicada hemotransfusão, realizar a tipagem sanguínea em lâmina, por método simplificado à beira do leito;
8.  Amostra para diagnóstico etiológico será transportada por empresa contratada pelo Ministério da Saúde para o laboratório de referência nacional Instituto Evandro Chagas (IEC) – 
9.  Indicar a hidratação oral ou endovenosa, conforme avaliação clínica;
10. Iniciar antibioticoterapia com cefalosporina de terceira geração (ceftriaxona);
11. Frente a um resultado laboratorial negativo para Ebola (PCR negativo), colher segunda amostra de sangue total 48 horas após a primeira colheita e encaminhá-la para o laboratório de referência;
12. Caso um resultado para o PCR seja positivo, o paciente será confirmado para Ebola;
13. Sendo negativos os resultados de ambas as análises laboratoriais realizadas pelo laboratório de referência, o caso será descartado para Ebola.

CONTINUIDADE DO ATENDIMENTO DO CASO SUSPEITO NO HOSPITAL DE REFERÊNCIA NACIONAL

O hospital de referência nacional deverá adotar os seguintes procedimentos específicos frente a um caso suspeito:
1.  Notificar imediatamente a Secretaria Municipal, Estadual de Saúde ou à SVS;
2.  Orientar o paciente e familiares/acompanhantes sobre os procedimentos que serão adotados;
3.  Internar o paciente em quarto privativo com banheiro, em isolamento, com condições de suporte à vida;
4.  Realizar primeira coleta de material do paciente (sangue total) para diagnóstico laboratorial de Ebola, teste rápido para malária e tipagem sanguínea, em alíquotas separadas;
5.  O teste rápido para malária deverá ser realizado em todos os casos suspeitos à beira do leito. Caso o teste seja positivo para malária, iniciar a terapêutica específica. Esse diagnóstico não descarta a suspeita de Ebola;
6.  Caso o quadro clínico seja instável ou já seja indicada hemotransfusão, realizar a tipagem sanguínea em lâmina, por método simplificado à beira do leito;
7.  Amostra para diagnóstico etiológico será transportada por empresa contratada pelo Ministério da Saúde para o laboratório de referência nacional Instituto Evandro Chagas (IEC) 
8.  Indicar a hidratação oral ou endovenosa, conforme avaliação clínica;
9.  Iniciar antibioticoterapia com cefalosporina de terceira geração (ceftriaxona);
10. Frente a um resultado laboratorial negativo para Ebola (PCR negativo), colher segunda amostra de sangue total 48 horas após a primeira colheita e encaminhá-la para o laboratório de referência;
11. Caso um resultado para o PCR seja positivo, o paciente será confirmado para Ebola;
12. Sendo negativos os resultados de ambas as análises laboratoriais realizadas pelo laboratório de referência, o caso será descartado para Ebola.

PROCEDIMENTOS PARA DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

A. Coleta
A colheita de amostras deve ser realizada de modo asséptico pela equipe responsável pela atenção direta ao paciente. O responsável pela colheita deve estar protegido com os EPI adequados.
As amostras somente deverão ser colhidas após a chegada da caixa de transporte à área adjacente ao quarto de isolamento onde está o paciente.


B. Tipo de amostra
Deverão ser colhidos 10 mL de sangue, sendo uma alíquota para diagnóstico confirmatório de DVE e outra para exames complementares (teste rápido para malária e tipagem sanguínea à beira do leito; outros exames de patologia clínica serão realizados somente no laboratório do hospital de referência nacional). Não é necessário, na fase aguda, separar o soro do sangue, procedimento que pode aumentar significativamente o risco de infecção acidental. É obrigatório o uso de sistema de coleta de sangue a vácuo com tubos plásticos secos estéreis selados para o diagnóstico etiológico.Nos casos de óbitos em que não se tenha obtido o sangue, fragmento de pele (sugere-se do pescoço) e swab, com insumos definidos pelo Ministério da Saúde, de orofaringe deverão ser colhidos, adotando-se os mesmos cuidados de proteção.

A necropsia não deverá ser realizada.


C. Transporte de amostra
O material biológico (sangue ou tecidos) deve ser transportado com gelo seco, em caixas triplas destinadas a
substâncias infecciosas Categoria A UN/2814, para o Laboratório de Referência – Instituto Evandro Chagas (IEC). As substâncias infecciosas da categoria A só podem ser transportadas em embalagens que atendam às especificações da classe 

6.2 das Nações Unidas e estejam em conformidade com a Instrução de embalagem P620
(Figura 1).

Exemplo de sistema de embalagem tripla para a embalagem e etiquetagem de substancias infecciosas Categoria A (Guia de Regulamentação de Transporte de Substancias Infecciosa, OMS, 2013-2014).


A embalagem do material biológico será realizada pela equipe responsável pela coleta no hospital, juntamente com um técnico certificado pela OMS para transporte de substâncias infecciosas, designado pelo LACEN (vide lista no anexo C), que deverá se deslocar até o hospital de referência para a execução dos procedimentos de embalagem descritos na tabela 1.

O transporte do material desde a unidade de saúde até o laboratório de referência (IEC) é de responsabilidade da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde. As amostras deverão ser enviadas para o IEC juntamente com a ficha de solicitação do exame com dados do paciente, a ficha de Conhecimento de Embarque Aéreo disponibiliza pela empresa transportadora (Figura 2) e a Declaração de Mercadoria Perigosa preenchida por um expedidor certificado pela OMS (Figura 3).
O isolamento viral não deverá ser realizado no país, pois nenhum laboratório público (federal, estadual ou municipal –incluindo os das universidades públicas) ou privado dispõe de condições de biossegurança adequadas para a realização da técnica. A técnica utilizada para confirmação ou descarte do caso será a Reação de Polimerase em Cadeia (PCR).


Tabela 1. Desenvolvimento de Procedimentos Operacionais Padrão para embalagem Categoria A

Passo

 

Pratica

1

 

Preparar a embalagem externa

2                Colocar o forro da embalagem externa

3

 

Abrir o recipiente secundário

4

    Inserir o material absorvente

5

 

Colocar as luvas

6

  Envolver o recipiente primário no material de amortização

7

 

Dispor a amostra no recipiente secundário

8                Retirar as luvas

9

 

Fechar o recipiente secundário

          10Dispor o recipiente secundário dentro do revestimentointerno (e na embalagem externa)

11

 

Inserir as instruções dos testes laboratoriais

12

Fechar a embalagem externa

 

13

Certificar-se de que a marcação e etiquetagem da

embalagem Categoria A estejam corretas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DIAGNOSTICO DIFERENCIAL

A DVE é uma síndrome febril hemorrágica aguda cujos diagnósticos diferenciais principais são: malária, febre tifoide, shiguelose, cólera, leptospirose, peste, ricketsiose, febre recorrente, doença meningocócica, hepatite, dengue grave e outras febres hemorrágicas.

TRATAMENTO

Não existe tratamento específico para a doença, sendo limitado às medidas de suporte à vida.

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
Colher informações detalhadas sobre o histórico de viagem para áreas afetadas pelo vírus, a fim de identificar possível local provável de infecção (LPI).
Deve-se, ainda, buscar no histórico de viagem as atividades de possível exposição ao vírus, como contato com indivíduo suspeito (vivo ou morto); animal (vivo ou morto); e tecidos, sangue e outros fluidos corporais infectados. Adicionalmente, recomenda-se registrar detalhadamente as manifestações clínicas apresentadas.
Os contatos de casos suspeitos identificados deverão ser monitorados por 21 dias após a última exposição conhecida.
Para o acompanhamento dos contatos assintomáticos não é necessário o uso de EPI pelos profissionais de saúde. A partir da manifestação de sintomas compatíveis com DVE os contactantes serão tratados como casos suspeitos.

ANEXOS


A. QUESTIONÁRIO E TABELA PARA ACOMPANHAMENTO DOS CONTATOS

1.  Data e Local da entrevista:
2.  Nome:
3.  Sexo:
4.  Idade:
5.  Profissão/Ocupação:
6.  Se profissional de saúde, local de trabalho:
7.  Local de residência:
8.  Local de procedência:
9.  Histórico de contato com contato direto com sangue, tecidos ou fluidos corporais de casos suspeitos ou contato com superfícies ou objetos contaminados por casos suspeitos nos últimos 21 dias:
10. Relação com o(s) caso(s) suspeito(s): familiar___, amigo___, profissional___, sem relação__
11. Quem foi (foram) o(s) caso(s) suspeito(s):
12. Tipo de contato com o(s) caso(s) suspeito(s): físico__, roupas__, sangue ou fluidos corporais__, dormir na mesma casa__,utilizar os mesmos utensílios domésticos__
13. Data e Local de contato com o(s) caso(s) suspeito(s):
14. Tempo de exposição ou contato com o(s) caso(s) suspeito(s):
15. Presença de sinais ou sintomas:
16. Data de início dos sintomas:

B.EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI (E VESTIMENTAS) A SEREM UTILIZADOS NO
ATENDIMENTO A PACIENTES COM SUSPEITA DE INFECÇÃO PELO VÍRUS EBOLA


Todos os profissionais envolvidos na assistência direta ou indireta a pacientes com suspeita de infecção pelo vírus Ebola devem utilizar:

  1.  ROUPA PRIVATIVA DO HOSPITAL, 
  2. SAPATOS FECHADOS, 
  3. MÁSCARA CIRÚRGICA, ÓCULOS DE PROTEÇÃO/PROTETOR

FACIAL, LUVAS, CAPOTE/AVENTAL DESCARTÁVEL, GORRO e PROPÉS.
1 - Máscara
A máscara cirúrgica deve ser utilizada por todos os profissionais que ingressam no quarto de isolamento. Essa máscara deve ser
descartada imediatamente após o uso.
O profissional que atuar em procedimentos com risco de geração de aerossol (vide item V) deve utilizar máscara de proteção
respiratória (respirador particulado) com eficácia mínima na filtração de 95% de partículas de até 0,3m (tipo N95, N99, N100,
PFF2 ou PFF3). Após o uso, também deve ser imediatamente descartada.
2 - Protetor Ocular ou Protetor de Face
Os óculos de proteção (ou protetor de face) devem ser utilizados por todos os profissionais que ingressam no quarto de
isolamento de pacientes com suspeita de infecção pelo vírus Ebola.
ATENÇÃO! Em casos onde há grande quantidade de sangue ou de fluidos corporais, vômitos e fezes no ambiente, dar
preferência ao protetor facial.
Conforme disposto no item II, os protetores oculares ou de face utilizados devem ser depositados em recipiente identificado,
disposto em local próximo à saída do quarto de isolamento.
3 - Luvas
As luvas de procedimento ou luvas cirúrgicas devem ser utilizadas durante toda a manipulação do paciente, de qualquer
produto utilizado pelo paciente (como cateteres, sondas, circuito, equipamento ventilatório, etc.) e de superfícies próximas ao
leito.
Em situações em que há copiosa quantidade de sangue, vômitos e outros fluidos corporais, recomenda-se o uso de duas luvas.
• Não lavar ou usar novamente o mesmo par de luvas (as luvas nunca devem ser reutilizadas);
• O uso de luvas não substitui a higienização das mãos.
4 - Capote/avental
O capote ou avental deve ser utilizado durante toda a manipulação do paciente, de qualquer produto utilizado pelo paciente
(como cateteres, sondas, circuito, equipamento ventilatório e outros) e superfícies próximas ao leito.
O capote ou avental deve ser impermeável, de mangas longas, punho de malha ou elástico e abertura posterior. Além disso,
deve ser confeccionado com material de boa qualidade, não alergênico e resistente; proporcionar barreira antimicrobiana
efetiva; permitir a execução de atividades com conforto; e estar disponível em vários tamanhos.
5 - Gorro
Recomenda-se o uso de gorro a fim de minimizar a exposição dos cabelos do profissional a respingo de sangue, secreções
corporais e excreções durante a assistência.
6 – Protetor de calçado (propés)
Recomenda-se o uso de protetor de calçado (propés) a fim de minimizar a exposição dos calçados a respingo de sangue,
secreções corporais e excreções durante a assistência.


Observações:
Os EPI devem ser colocados imediatamente antes da entrada no quarto de isolamento e devem ser removidos imediatamente
antes da saída do quarto. A remoção dos EPI deve ser bastante criteriosa para evitar a contaminação de mucosas, pele e roupas
dos profissionais de saúde.
O profissional deve proceder a higienização das mãos imediatamente após a remoção do EPI.
É importante reforçar que não devem ser utilizados adereços como anéis, pulseiras ou outros que possam favorecer a
contaminação e consequentemente a propagação do vírus.
Os profissionais que atuam na assistência a pacientes com suspeita de infecção pelo vírus Ebola devem remover as roupas
privativas antes de deixar o local de trabalho e encaminhá-las para a unidade de processamento de roupas do serviço.
Devem ser definidos profissional responsável, frequência e fluxo para o encaminhamento desses artigos para os processos de
limpeza e desinfecção.
Os protetores faciais e os óculos devem ser submetidos aos processos de limpeza, com água e sabão/detergente, e de
desinfecção. Sugere-se, para a desinfecção, álcool a 70%, hipoclorito de sódio a 1% ou outro desinfetante recomendado pelo
fabricante e compatível com o material do equipamento.

 

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14/10/2014 10:56

Feridas, Curativos e Coberturas


A Pele Humana-Estruturas da pele


É o maior órgão do corpo humano, representando cerca de 15% do peso corporal total e apresenta grandes variações ao largo de sua extensão.



1- Epiderme
 Tecido avascular possui células dispostas em múltiplas camadas.
 Nesta camada que encontramos os melanócitos,
que são células responsáveis pela pigmentação da pele (melanina).
  E os queratinócitos responsáveis pela produção
de queratina, que fornece resistência a atritos e variações de temperatura.


2- Derme
 Camada vascularizada possui uma rica rede nervosa.
  Nesta camada encontramos os anexos da pele: glândulas sudoríparas, sebáceas e folículos pilosos.
 Possui tipos diferentes de células, incluindo: Fibroblastos e fibrócitos, macrófagos, mastócitos e leucócitos sanguíneos, particularmente: neutrófilos, eosinófilos, linfócitos e monócitos.



3- Hipoderme
* É vascularizada, possui tecido adiposo em sua constituição histológica;
* Envolvido na termorregulação, reserva nutricional e provisão de energia.


Funções da Pele
Proteção: Barreira física.
Sensibilidade: Dor, pressão calor e frio.
Termorregulação: Vasoconstrição, vasodilatação, sudorese.
Excreção: Eletrólitos e água
Metabolismo: Síntese de vitamina D e formação óssea
Imagem Corporal: Detalha a aparência


Definições- Ferida x Úlcera


Ferida: É caracterizada pela perda da continuidade dos tecidos, podendo ser superficial ou profunda, que deve se fechar em até seis semanas.


Úlcera: A “FERIDA” se torna uma úlcera após seis semanas de evolução sem intenção de cicatrizar.


Classificação das Feridas ou Lesões


As lesões podem ser classificadas conforme:
1. Comprometimento tecidual.
 Quanto à localização anatômica;
 Quanto ao tamanho, comprimento, largura, profundidade e formação de túneis;
 Aspectos do leito da ferida e pele circunjacente;
 Drenagem, cor e consistência;
 Dor ou hipersensibilidade e temperatura


2. Como foram produzidas.
* CONTUSAS:Produzido por objeto rombo traumatismo das partes moles, hemorragia.
* INCISAS: Produzidas por um instrumento cortante. Feridas limpas geralmente fechadas por sutura.
* LACERADAS: com margens irregulares
* PERFURANTES: Pequenas aberturas na pele

3. Grau de contaminação.
1. LIMPAS
Sem presença de infecção. Lesão sem exsudato ou com pequena quantidade de exsudato de cor clara ou transparente.



2. CONTAMINADAS
Presença de bactérias e outros microorganismos, com presença transitória ao tecido, sem
presença de infecção instalada. Não há sinais flogísticos.



* 3. INFECTADAS
Presença e a multiplicação de bactéria e outros microorganismos associado a um quadro infeccioso já instalado, há presença dos sinais flogísticos.

4- Classificações quanto ao tipo de Tecido
 TECIDO NECRÓTICO
Restrito a uma área – Isquemia, redução da circulação, tecido não viável.
Pode ser caracterizada por liquefação e ou coagulação produzido por enzimas
que acarretam a degradação dos tecidos isquêmicos, se diferenciam pela coloração e
consistência.  Dividem-se em dois tipos:
A) Escaras: De coloração marrom ou preta escara é descrito como uma capa de consistência dura e seca.


B)Esfacelos( Slough): De cor amarelada ou cinza; descrita de consistência mucoide e macia; pode ser frouxo ou firme a sua aderência no leito da ferida; formado por fibrina(concentração de proteína)e fragmentos celulares.

                                                                            

C) Tecido de Granulação: Aumento da vascularização é um tecido de cor vermelho vivo. Recebe este nome porque parece granular.



D) Tecido de Epitelização: Redução da vascularização e um aumento do colágeno, contração da ferida. Tecido róseo.

Alguns Tipos de Úlceras

1- Úlcera Venosa
As úlceras venosas são causadas por uma disfunção nas válvulas venosas ou uma bomba muscular da panturrilha inadequada. Em ambos os casos, o sangue não é suficientemente retornado para o coração. Isto leva a uma maior pressão venosa, que pode causar edema. Além disso, o aumento do nível de fluido entre as células pode resultar em morte celular, levando a úlceras. É por isso que a terapia de compressão é uma parte essencial do tratamento de úlceras venosas.
Características:
 Localizadas na área frontal da perna
 Formato irregular
 Pulso pedioso normal
 Pigmentação de cor castanha na área da pele periulceral (muitas vezes com eczema)

2- Úlcera Arterial

Úlceras arteriais são causadas por fornecimento insuficiente de sangue para a perna ou pés devido à arteriosclerose. A redução do suprimento de oxigênio e nutrientes para as células pode resultar na morte do tecido, que, por sua vez, leva a úlceras. O paciente pode precisar de cirurgia vascular. É importante notar que as úlceras arteriais de perna não devem ser tratadas com a terapia de compressão.
Características:
 Localizados na área do tornozelo e nos pés
 Forma bastante regular
 Pele periulceral atrofiada e pálida
 Pulso  ausente
 Edema
 Pelo ausente devido lesão dos anexos da pele
 Alteração de temperatura do órgão lesado.

 

3- Úlceras Mistas:  Presença de lesão venosa e arterial associadas.



4- Úlcera Neuropática: Presença de lesão em terminações nervosas periféricas,
principalmente em membros inferiores.



5- Úlcera por Pressão: Lesão de pele causada pela interrupção sanguínea em uma determinada área, que se desenvolve devido a uma pressão aumentada por um período prolongado.

Classificação da Úlcera de Acordo com a Profundidade


 Estágio 1: A pele está intacta, mas se observa vermelhidão e um pouco de ulceração de pele.


 Estágio 2: Neste estágio existe perda de tecido. A úlcera ainda é superficial, atingindo
epiderme e derme. E pode apresentar-se como abrasão, uma espécie de queimadura, bolha ou uma cratera rasa.


 Estágio 3: Perda de todas as camadas da pele, sendo a   epiderme, derme e tecido subcutâneo, podendo ter ou não tecido necrótico.


 Estágio 4: Além da perda de todas as camadas da pele, existe ainda
comprometimento do tecido muscular, ósseo, ligamentos, tendões, com o aparecimento de crateras e túneis.


                        
 



Skin Tears

Skin tear ou lesão por fricção é um tipo de ferida traumática associada à pele frágil e delgada.


Ocorre principalmente nas extremidades de idosos e pode levar à:
 separação da epiderme da derme (ferida de espessura parcial)


 ou separar totalmente a epiderme e a derme das estruturas subjacentes (ferida de espessura total). 

       
               

Incidência da Skin Tears
 Antebraços e braços: 80%
 Cotovelo: 42%
 Pernas 22%
 Mãos: 13%


   
Fatores de Risco
 Idade Avançada
 Pele clara
 Ingesta hídrica e nutricional inadequadas
 Pele seca e descamativa
 Mobilidade prejudicada
 Uso prolongado de corticoides
 Transferências e reposicionamentos
 Quedas e batidas
 Curativos adesivos


Prevenção
1. Utilizar sabonete com pH balanceado
2. Utilizar água morna e não friccionar a pele
3. Reduzir o tempo do banho
4. Aplicar, sem massagear, creme umectante (hidratante) com nutrientes especiais em todo corpo (não aplicar nas lesões)
5. Introduzir uma dieta balanceada e considerar a possibilidade de acrescentar nos intervalos uma dieta balanceada industrializada


Tratamento das Lesões
1. A limpeza inicial é muito importante para prevenir infecção e deve ser suficiente para remover toda sujidade de forma delicada para não traumatizar mais e não causar dor. Lavar abundantemente com soro fisiológico é uma boa opção.
2. Para controlar o sangramento, uma boa opção é a cobertura com Alginato de cálcio.
3. Realinhar o retalho – quando possível, deve-se “ajeitar” a pele alinhando-a delicadamente sobre a lesão.

4. Opções:
a. Cobrir a ferida com curativo de silicone mantém o retalho no local, reduz a dor e pode ser trocado uma vez por semana. Como é poroso permite que o exsudato (líquido que sai da ferida) passe para as compressas – cobertura secundária – que deve ser trocada diariamente.
b. Hidrogel em placa
c. Compressa de petrolatum.

 

Fisiologia da Cicatrização das Feridas


1- Objetivo do Processo de Cicatrização:
O processo de cicatrização tem por objetivo único, restabelecer a integridade da
pele. E para isso o organismo usa de diversos meios para alcançar esse objetivo.


2- Fases do Processo de Cicatrização:
Alguns autores dividem este processo em 3 fases:
1. Inflamatório
2. Proliferativo
3.  Remodelação (maturação).
Outros autores o dividem em 5 fases:
1. Coagulação,
2. Inflamação,
3. Proliferação,
4. Contração da ferida
5.  Remodelação
(maturação).


Para facilitara assimilação do processo, utilizaremos a divisão dessas fases em 3 fases:

1- Inflamatória:
A primeira coisa que acontece quando se tem a ruptura do tecido, é uma vasoconstrição local, na tentativa de estancar o sangramento, além disso, fluem para a ferida as plaquetas, para auxiliar no processo de hemostasia.
Uma outra reação que acontece nesta fase é a vasodilatação, ocorrendo com isso um aumento do fluxo sanguíneo para o local da lesão. E esse aumento da irrigação promove a ruborização e o aumento da temperatura local, presente em muitas feridas.
Existe, portanto, uma reação inflamatória local e essa reação ativa os mecanismos de defesa do corpo.
Células presentes nessa fase:
• Macrófagos;
• Linfócitos;
• Neutrófilos;
• Mastócitos;
• Plaquetas, dentre outras.


2- Proliferativa:
Ocorre por volta do 2º ou 3º dia pós - trauma e tem duração média de 03 a 24 dias.
Nessa fase as células locais formam o tecido de granulação, os miofibroblastos agem promovendo a contração da ferida, juntamente com os fibroblastos. Durante fechamento, há o processo de angiogênese, que permitirá a necessária oferta de oxigênio e nutrientes, permitindo a atividade dos fibroblastos. As células epiteliais nas margens da
ferida proliferam e migram pela superfície, repondo a perda celular, formando as camadas da epiderme.
A fase proliferativa subdivide-se em 3 fases:
a) Reepitelização
b) Fibroplasia
c) Angiogênese
A epitelização é feita pela migração de células endoteliais que vão da periferia parao leito da ferida. Esse processo é realizado sobre o tecido de granulação, enquanto a ferida se contrai em média 20% a 60% seu tamanho e só acontece em meio úmido.



3- Remodelação ou Maturação:
Há diminuição da vascularização e da força de contração. Nessa fase o tecido é remodelado, a quantidade de fibroblastos diminui e as fibras de colágeno se orientam aumentando a força tênsil.
O tecido de granulação muda de avermelhado para branco pálido, avascularizado.
Isso se dá por devido a dois processos que ocorrem de forma simultânea que é a síntese de tecido, realizada pelos fibroblastos e a lise do colágeno, coordenada pela colagenase. Esta fase dura de 20 dias a 01 ano



Tipos de Cicatrização


1- Por Primeira Intenção
 Incisão limpa em que as bordas são aproximadas;
 Existe pouca perda de tecido;
 Pouco ou nenhum exsudato.



2- Por Segunda Intenção
 É aquela que permanece aberta;
 Onde existe uma perda significante de tecido e onde as fases de cicatrização são bastante marcadas;
 Resposta inflamatória bastante evidente, com necessidade maior de tecido de granulação, com epitelização visível;
 Há necessidade de um grande fortalecimento e um grande processo de contração.



3- Por terceira intenção
Caso uma ferida não tenha sido suturada inicialmente ou as suras se romperam e a ferida tem que ser novamente suturada. Isso é feito pelo cirurgião que, após a drenagem do material, promove a aproximação das bordas.

Fatores que interferem na cicatrização


Fatores Locais:
 Dimensão e profundidade da lesão;
 Grau de contaminação;
 Presença de secreções;
 Hematoma e corpo estranho;
 Necrose tecidual 
 Infecção local.
Fatores Sistêmicos:
 Idade
 Estado Nutricional
 Doenças crônicas
 Uso de medicamentos
 Mobilidade do paciente

Avaliando a ferida 


1- Paciente
  Condições físicas
 Idade
 Mobilidade
 Medicamentos
 Presença de Patologias

 

Curativos


Definição: É um meio que consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida.


Objetivos:
 Tratar e prevenir infecções;
  Eliminar os fatores desfavoráveis que retardam a cicatrização e prolongam a convalescência, aumentando os custos do tratamento.
 Diminuir infecções cruzadas, através de técnicas e procedimentos corretos.


A escolha do curativo dependerá:
  A etiologia e localização da lesão;
 Tamanho de ferida
 Condições clínicas
 Fases do processo de cicatrização.


Tipos de Curativos:
a ) Aberto : curativos em feridas sem infecção, que após a limpeza podem permanecer abertos, sem proteção de gazes
b ) Oclusivo : curativo que após a limpeza da ferida e aplicação de medicamentos é ocluído ou fechado com gazes, micropore ou  ataduras de crepe.
c)Sutura com fita adesiva: Após limpeza da ferida, as bordas do tecido seccionado são unidas e fixa-se a fita adesiva. Este tipo de curativo é apropriado para cortes superficiais e de pequena extensão.
d ) Compressivo : é o que faz compressão para estancar hemorragias ou vedar
bem uma incisão .
e ) Com Irrigação : utilizado em ferimentos com  infecção dentro de cavidades, com indicação de irrigação com soluções salinas
f ) Com drenagem : são utilizados drenos em ferimentos com grande quantidade de exsudato  tubular ou bolsas de Karaya.

Critérios para o Curativo e a Cobertura  Ideais


* Manter elevada umidade entre a ferida e o curativo;
* Remover excesso de secreção;
* Permitir troca gasosa;
* Fornecer isolamento térmico;
* Ser impermeável às bactérias;
* Ser isento de partículas (asséptico);
* Permitir a retirada do curativo sem trauma.


Vantagens do meio úmido em relação ao seco


 Estimula a epitelização, a formação do tecido de granulação e maior
vascularização.
 Facilita à remoção do tecido necrótico e impede à formação de espessamento de fibrina.
 Promove a diminuição da dor, evitando traumas na troca do curativo, além de manter a temperatura corpórea.


Medidas de assepsia


* Fazer a degermação das mãos antes de manipular o material esterilizado;
* Diminuir ao mínimo de tempo possível a exposição da ferida e dos materiais esterilizados;
* Não falar enquanto faz o curativo;
* Estando com infecção das vias aéreas, evitar fazer curativos ou usar máscara.


Normas Técnicas para realização de curativos

 

  • Ferida limpa: Limpar a ferida de dentro para fora.
  • Ferida Contaminada: Limpar a ferida no sentido de fora para dentro.
  • Curativos úmidos não são indicados em locais de cateteres, introdutores, fixadores externos e drenos.
  • A solução fisiológica 0,9%( SF 0,9%) é indicada para limpeza e tratamento de feridas com cicatrização por 2ª ou 3ª intenção, porque limpa e úmida a ferida, favorece a formação de tecido de granulação e amolece os tecidos desvitalizados.
  • A manutenção de calor local é importante no processo de cicatrização;
  • Quando o cliente necessitar de vários curativos, iniciar pela lesão limpa, seguindo-se as mais infectadas;
  • Nas feridas com exsudato ou com suspeita de infecção, antes do curativo, deve-se colher uma amostra de material para bacterioscopia;
  • Para feridas limpas as mãos devem ser lavadas com solução antisséptica antes e após o curativo, realizar limpeza com solução estéril e aplicar cobertura estéril.

Material de curativo

* Pacote de curativo
* Luvas
* Coberturas e ou soluções prescritas


Soro fisiológico 0,9% ou Água destilada


Deve ser aquecido próximo a temperatura de 37º C quando utilizado em tecido de granulação e epitelização, em temperatura inferior a essa ocorrerá um choque térmico, e a pele levará de 03 a 04 horas para voltar à temperatura normal.


Técnica do Jato de Soro


Técnica utilizada para higienização do tecido de granulação. Nesta técnica pode-se utilizar o próprio frasco de soro ou uma seringa de 20 ml, e agulha 40X12 mm, para exercer a devida pressão.
Além do tecido de granulação essa técnica é utilizada para limpeza de cavidades e pontos subtotais, áreas de difícil acesso apenas com gaze úmida.


Fita Adesiva


A fita adesiva sempre deve ser retirada molhando-a com SF 0,9%, para evitar
a lesão da pele do paciente por trauma local. Se possível deve priorizar a utilização das
fitas indicadas pelo fabricante, como hipoalergênicas e nunca deve ser utilizada fita crepe
adesiva direto à pele do paciente;


Princípios básicos para a realização dos curativos

 

•Separar o material a ser utilizado, observando:

- Data de validade e e está embalado adequadamente

•Separar os antissépticos a serem utilizados:
* •Orientar o paciente sobre o que será realizado com ele
* •Avaliar a lesão e •separar o antisséptico adequado para a realização do curativo;

Técnica para realizar curativo


Curativos das feridas limpas:
 •Começar a limpeza do local de incisão, com  movimentos de dentro para fora
 Nunca passar o lado sujo da gaze duas vezes  sobre a lesão;
 O centro da ferida asséptica é sempre mais limpo que as bordas, pois está mais protegido de contaminação.


Curativos das feridas contaminadas ou infectadas:
Deve-se iniciar a limpeza de fora para dentro da lesão, ou seja, das bordas para o centro, para não espalhar infecção nos tecidos ao redor da ferida.


Desbridamento


O desbridamento envolve a remoção de tecido necrótico, para permitir a regeneração do tecido saudável subjacente. Dependendo do tipo de lesão, pode ser usada uma combinação de técnicas de desbridamento

.
Tipos de Desbridamento
Desbridamento instrumental: Pode ser conservador ou cirúrgico.


 Conservador: Retirada seletiva do tecido, onde se retira apenas o tecido desvitalizado, preservando o tecido vivo.
 Cirúrgico: Retirada maciça de material necrosado ou desvitalizado
 

 Desbridamento mecânico:  Não seletivo, consiste em remover tecidos necrosados e corpos estranhos, feito por fricção com gaze ou esponja macia, ou através do uso de instrumentos.

 Desbridamento autolítico:  A autólise aproveita a capacidade do corpo de dissolver o tecido morto utilizando a própria umidade e as enzimas. Curativos úmidos especiais seguram os fluidos da ferida em contato com o tecido necrótico, até que ele se liquefaça, o tecido necrosado é então removido com o curativo. A vantagem do desbridamento autolítico é que ele utiliza os sistemas do próprio corpo para limpar a ferida. O desbridamento autolítico é o tipo mais seletivo de desbridamento. Ele remove apenas o tecido necrótico e não danifica o tecido saudável circundante. O processo envolve pouco ou nenhum desconforto para o paciente.


 Desbridamento Químico: O desbridamento químico baseia-se em aplicações tópicas de soluções enzimáticas e soluções que dissolvem o tecido necrosado. Devido ao fato de que as enzimas não fazem distinção entre o tecido vivo e morto, o médico ou enfermeiro (que está familiarizado com as enzimas e como elas funcionam) devem usá-las com cautela. O desbridamento químico é útil para pacientes que não são saudáveis o suficiente para fazer a cirurgia ou que estão em locais onde a cirurgia não é uma opção. O desbridamento químico não é um substituto para o mecânico ou cirúrgico quando indicados.

 
 

 

Coberturas


* Não existe o melhor produto ou aquele que possa ser utilizado durante todo o processo cicatricial.
* Cada um possui indicação e contraindicação, beneficio e custo, o importante é ponderar e utilizar o bom senso sempre!

Indicações das Coberturas


Curativo a vácuo

É a prática de expor uma ferida a pressão subatmosférica por um longo período de tempo para promover o desbridamento e a cicatrização. O valor de pressão negativa de 125 mmHg é o indicado para não ocorrer interrupção do fluxo sanguíneo.

Feridas provocadas por acidentes, queimaduras ou diabetes são cobertas pelas esponjas e envolvidas com plástico adesivo.Um tubo ligado à rede de vácuo faz uma sucção constante.
Essa drenagem impede infecções e promove a multiplicação de vasos e a regeneração do tecido.

Toda a área é coberto com uma membrana adesiva transparente, que é firmemente fixada à pele saudável ao redor da margem da ferida. A extremidade exposta do tubo de escoamento está ligado a uma fonte de vácuo, o líquido é aspirado através da espuma para um reservatório para posterior eliminação.


 
Indicações

* Feridas traumáticas
* Feridas subaguda (ou seja, abertura de pontos)
* As úlceras por pressão
* As feridas crônicas abertas (úlceras de estase e úlceras diabéticas)
* Enxertos


Contra Indicações
 Fístulas
 Cavidades do corpo
 O tecido necrosado em escara
 Osteomielite
 Feridas Neoplásicas
 Feridas Hemorrágicas

Lesões Tratadas á Vácuo


Tratamento de Feridas por Oxigenoterapia Hiperbárica


Oxigenoterapia Hiperbárica

É um método terapêutico no qual o paciente, no interior de uma câmara hiperbárica, é submetido a uma pressão duas ou até três vezes maior que a pressão atmosférica ao nível do mar, respirando oxigênio puro a 100%. O método provoca um aumento da quantidade de oxigênio transportada pelo sangue 20 vezes maior que o volume que circula em indivíduos respirando ao nível do mar.

Efeitos Terapêuticos Produzidos Pela Oxigenoterapia


• Combate infecções bacterianas e por fungos;
• Compensa a deficiência de oxigênio decorrente de entupimentos de vasos sanguíneos ou sua destruição (em casos de esmagamentos e amputações de braços e pernas, normalizando a cicatrização de feridas crônicas e agudas);
• Neutraliza substâncias tóxicas e toxinas;
• Potencializa a ação de alguns antibióticos, tornando-os mais eficientes no combate às infecções;
• Ativa células relacionadas com a cicatrização de feridas complexas


Câmara Hiperbárica


A câmara hiperbárica é um compartimento fechado, resistente à pressão, que pode ser pressurizado com ar comprimido ou oxigênio puro. Geralmente de formato cilíndrico, a câmara é construída de aço ou acrílico. Ela pode ser:


Multipacientes: De grande porte, acomodam vários pacientes simultaneamente, que recebem o oxigênio por meio de máscaras e capacetes de plástico apropriados. Eles podem ficar sentados ou deitados. A pressão dentro da câmara aumenta com a utilização de ar. A sessão dura 120 minutos.

Monopacientes: De tamanho menor, acomodam apenas um paciente, deitado, que respira o oxigênio diretamente da atmosfera da câmara, sem máscara. A pressão dentro da câmara aumenta utilizando-se oxigênio puro. A sessão dura 90 minutos.

Indicações de uso da Câmara Hiperbárica
• Embolias gasosas;
• Doença descompressiva;
• Embolia traumática pelo ar;
• Envenenamento por monóxido de carbono ou inalação de fumaça;
• Envenenamento por cianeto ou derivados cianídricos;
• Gangrena gasosa;
• Síndrome de Fournier;
• Outras infecções necrosantes de tecidos moles: celulites, fasciites, e miosites;
• Isquemias agudas traumáticas: lesão por esmagamento, síndrome compartimental, reimplantação de extremidades amputadas;
• Vasculites agudas de etiologia alérgica, medicamentosa ou por toxinas biológicas (aracnídeos, ofídios
e insetos);
• Queimaduras térmicas e elétricas;
• Lesões refratárias: úlceras de pele, pés diabéticos, escaras de decúbito; úlceras por vasculites autoimunes; deiscências de suturas;
• Lesões por radiação: radiodermite, osteorradionecrose e lesões actínicas de mucosas;
• Retalhos ou enxertos comprometidos ou de risco;
• Osteomielites;
• Anemia aguda, nos casos de impossibilidade de transfusão sanguínea.


Contra Indicações de uso da Câmara Hiperbárica


Absolutas:
* Pneumotórax não tratado
* Uso de BLEOMICINA no passado
* Uso atual de Sulfamilon, Adriamicina, Dissulfiram e Cisplatina


Relativas
* Infecções das vias aéreas superiores
* História de convulsões
* Enfisema pulmonar com retenção de CO2
* Febre alta
* Cirurgia torácica recente não drenada
* Cirurgia para otoesclerose
* Esferocitose congênita
* Miopia e catarata
* Claustrofobia
* Gravidez

 

Referências:

• Básica: Tipos de Coberturas x Tipos de Feridas- Material utilizado na aula da Enf. Graziele de Paula Dias.

      
• Complementar: Cuidando de Feridas- Um guia para Enfermeiras- Carol Dealey- 2ª edição- Editora Atheneu
                             Feridas- Palavra do Especialista- Fábio Batista- 1ª edição- Editora Casa
                             Manual de Curativos- Telma Geovanini- Alfeu Gomes de Oliveira Júnior- Tereza Cristina da Silva Palermo- 3ª edição-Editora Corpus

Fotos, artigos e links pesquisados na internet
 

09/10/2014 13:30

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS


Definição:

“Lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda superfície das mãos e punhos, utilizando  sabão/detergente, seguida de enxágue abundante em água corrente”. É tradicionalmente o ato mais importante para a prevenção e o controle das infecções relacionadas ao serviço de saúde .

Objetivos:

 

  • Prevenir as infecções hospitalares;
  • Evitar infecção cruzada;
  • Retirar sujidade, suor e oleosidade;
  • Remover a flora microbiana transitória da camada superficial da pele;
  • Antes e após qualquer contato com o paciente;

 

Flora Microbiana da Pele
  1. Flora residente ou colonizadora: Colonizam as camadas mais profundas da epiderme e são mais resistentes à remoção pelas técnicas de higienização. É composta por bactérias normalmente presentes na superfície cutânea: estafilococos, difteróides e micrococos.
  2. Flora transitória ou contaminante: Colonizam camadas mais superficiais e são, geralmente, removíveis pela higiene com água e sabão ou destruídos/inativados pelo uso de anti-sépticos. São geralmente adquiridos durante o cuidado aos pacientes e estão relacionados freqüentemente às infecções hospitalares. estafilococos aureus, enterococos, bactérias Gram-negativas, fungos e vírus.
Materiais Usados para Realizar a Técnica de Higienização das Mãos
  •  Água
  •  Sabão líquido
  •  Papel toalha
Tipos de Técnicas Para a Higienização das Mãos
  1.  Higienização simples das mãos: Lavagem simples das mãos com água e sabão, com o objetivo de remover a sujidade da pele e a flora transitória das mãos.
  2. Higienização Antisséptica das mãos: Lavagem e fricção das mãos com uso de produtos antissépticos degermante( Clorexidine 2- 4%, Povidine), com o onjetivo de remover a sujidade e eliminar ou inativar a flora transitória das mãos.
  3. Fricção Antisséptica das mãos com preparação alcoólica: Fricção de solução alcoólica nas mãos quando estas não estiverem visivelmente sujas.
  4. Antissépsia Cirúrgica ou Preparo pré-operatório das mãos: Consiste na escovação das mãos com buchuinhas cirúrgicas antes da realização de qualquer procedimento invasivo no cliente/paciente.

PROCEDIMENTO PARA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

1- Higienização Simples das mãos( Lavagem simples das mãos)


Finalidade: Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos.
Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.

IMPORTANTE


• No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilize papel-toalha.
• O uso coletivo de toalhas de tecido é contra-indicado, pois estas permanecem úmidas, favorecendo a proliferação bacteriana.
• Deve-se evitar água muito quente ou muito fria na higienização das mãos, a fim de prevenir o ressecamento da pele.


Passo a passo:


1º. Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se à pia.
2º. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabão líquido para cobrir
todas as superfícies das mãos.
3º. Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si.
4º. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa.
5º. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais.
6º. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem e vice-versa.
7º. Esfregar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando-se movimento circular e vice-versa.
8º. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha, fazendo movimento circular e vice-versa.
9º. Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando movimento circular e vice-versa.
10º. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabão. Evitar contato direto das mãos ensaboadas com a torneira.
11º. Secar as mãos com papel-toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. Desprezar o papel-toalha na lixeira

Higienização anti-séptica das mãos


Finalidade:

  • Promover a remoção de sujidade e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com auxilio de um anti-séptico.
  • Técnica é igual àquela utilizada para a higienização simples das mãos, substituindo-se o sabonete comum por um associado a anti-séptico

Fricção das mãos com anti-séptico (preparações alcoólicas)


Finalidade

  • Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel alcoólico- preferencialmente a 70%- ou de solução alcoólica a 70% com 1%-3% de glicerina pode substituir a higienização com água e sabonete quando as mão não estiverem visivelmente sujas.
  • Técnica é igual àquelas utilizada para a higienização simples das mãos, substituindo-se o sabonete comum por preparações alcoólicas para resíduos comuns.

Fricção antisséptica das mãos com solução alcoólica


Finalidade: Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel alcoólico a 70% pode substituir a higienização com água e sabão quando as mãos não estiverem visivelmente sujas.


Duração do procedimento: 20 a 30 segundos.



IMPORTANTE


• Para evitar ressecamento e dermatites, não higienize as mãos com água e sabão imediatamente antes ou depois de usar uma preparação alcoólica.
• Depois de higienizar as mãos com preparação alcoólica, deixe que elas sequem completamente (sem utilização de papel-toalha).


Passo a passo:


1º. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente do produto para cobrir todas as superfícies das mãos.
2º. Friccionar as palmas das mãos entre si.
3º. Friccionar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa.
4º. Friccionar a palma das mãos entre si com os dedos entrelaçados.
5º. Friccionar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos e vice-versa.
6º. Friccionar o polegar esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando-se movimento circular e vice-versa.
7º. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fazendo um movimento circular e vice-versa.
8º. Friccionar os punhos com movimentos circulares.
9º. Friccionar até secar. Não utilizar papel-toalha.

Antissépsia Cirúrgica das Mãos( Escovação Cirúrgica das Mãos)


1 – Abra a torneira, sem utilizar as mãos, molhando as mãos, antebraços e cotovelos.
2 – Coloque a solução de detergente anti-séptico e espalhe-a nas mãos e antebraços.
3 – Pegue uma escova esterilizada e escove as unhas, dedos, mãos e antebraços. Nesta
ordem, sem retorno, por cinco minutos, mantendo as mãos em altura superior aos cotovelos.
4 – Use para as mãos e antebraços o lado da escova não utilizado para as unhas (no caso de a
escova ter só um lado, use duas escovas).
5 – Detenha-se, particularmente, nos sulcos, pregas e espaços interdigitais, articulações e
extremidades dos dedos, com movimentos de fricção.
6 – Enxágue os dedos, depois as mãos, deixando que a água caia por último nos antebraços,
que devem estar afastados do tronco, de forma que a água escorra para os cotovelos, procurando
manter as mãos em plano mais alto.
7 – Enxágue as mãos com compressas estéreis, que devem vir dobradas em quatro partes,
enxugando-se primeiro uma das mãos e, com o outro lado, a outra. Colocam-se estes lados um de
encontro ao outro, de forma a se obter dois lados estéreis. Enxuga-se um antebraço. Vira-se a
compressa na sua face interna e enxuga-se o outro antebraço, desprezando a compressa.

 

Outros aspectos da higienização das mãos


Na higienização das mãos, devem ser observadas, ainda, as seguintes recomendações
(CDC,2002;WHO,2006; BRASIL, 2007):


• Manter as unhas naturais, limpas e curtas.
• Não usar unhas postiças quando entrar em contato direto com os pacientes.
• Evitar o uso de esmaltes nas unhas.
• Evitar utilizar anéis, pulseiras e outros adornos quando assistir o paciente.
• Aplicar creme hidratante nas mãos (uso individual), diariamente, para evitar ressecamento
da pele.

 

Termoterapia

A Termoterapia é a aplicação terapêutica de qualquer substância ao corpo que resulta no aumento ou diminuição da temperatura dos tecidos corporais estimulando a Termorregulação corporal.


Tipos de Termoterapia
1- Hipertermoterapia ( calor)
2- Crioterapia (frio)


Fisiologia da Hipertermoterapia e da Crioterapia
O calor atua relaxando os músculos e facilitando a circulação através da vasodilatação, acalmando assim a dor, e diminuindo um pouco, e impedindo o edema local, aumenta o aporte de oxigênio e nutrientes das células;

O frio age pela contração dos vasos sanguíneos ( vasoconstrição), diminuindo a  dor local e impedindo a formação de hematomas e abscessos. Em certos tipos de ferimentos abertos controla a hemorragia.

1-Hipertermoterapia


Consiste na aplicação de calor sobre a pele, podendo ser:
a) Calor Seco: Através de bolsa de água quente ( mais usado pela enfermagem), bolsas elétricas, raios infravermelhos.
b) Calor Úmido: por meio de compressas quentes, cataplasma ou emplasto ( uma forma de medicação caseira caracterizada pela colocação de alguma substância sólida sobre a pele, com o intuito de aquecer ou amolecer tecidos).


Indicações:
 Inflamação subaguda e crônica
 Redução da dor crônica e subaguda
 Espasmo muscular crônico e subagudo
 Redução da amplitude de movimento
 Resolução de hematomas
 Redução de contraturas articulares


Contra indicações:
 Feridas cirúrgicas
 Hemorragias
 Lesões abertas (como escaras)
 Luxações e trações, antes de 24 horas
 Presença de processos tromboembólicos
 Doentes hemofílicos
 Doentes com fragilidade capilar
 Neoplasias


Efeitos sistêmicos da aplicação de calor:
 Aumento da temperatura corporal
 Aumento da pulsação
 Aumento da frequência respiratória
 Redução da pressão arterial


Efeitos locais da aplicação do calor
 Vasodilatação
 Aumento da taxa do metabolismo celular
 Aumento da libertação de leucócitos
 Aumento da permeabilidade capilar
 Aumento da drenagem venosa e linfática
 Formação de edema
 Remoção de resíduos metabólicos
 Redução do tônus muscular
 Redução do espasmo muscular
 Transpiração
  Aumento da velocidade de condução nervosa
 Aumento da elasticidade dos ligamentos

Material
Bolsa de borracha, forro para cobrir a bolsa, de preferência flanela, água quente.

Procedimentos
1. Certificar-se do local que deverá receber a aplicação;
2. Orientar o paciente sobre o procedimento;
3. Reunir o material;
4. Testar as condições da bolsa, para não ocorrer vazamento;
5. Colocar a água quente na bolsa, retirar todo o ar do interior da mesma e fechá-la;
6. Virar a bolsa com o gargalho para baixo, observar se está bem fechada e enxugá-la;
7. Cobrir a bolsa com o forro e observar se a temperatura através do pano está adequada;
8. Aplicar no local indicado e deixar no local no mínimo 20 minutos e no máximo 40 minutos;
9. Avaliar as condições da pele no local, 2 ou 3 minutos após a aplicação da bolsa, para certificar-se de que essa temperatura não vai causar queimaduras no paciente;
10. Terminada a aplicação, retirar a bolsa e manter a região agasalhada para evitar corrente de ar;
11. Deixar o paciente em ordem e confortável;
12. Esvaziar a bolsa e pendurá-la com o gargalho para baixo até secar;
13. Anotar o procedimento e o efeito no relatório.

Crioterapia

É a aplicação de frio, sob a forma de:
a) Frio Seco: através de bolsa de gelo;
b) Frio Úmido: através de compressas frias.

Indicações da crioterapia
As indicações da crioterapia incluem:
• Lesões musculares, como, por exemplo, entorses, pancadas ou manchas roxas na pele;
• Lesões ortopédicas;
• Dores musculares;
• Inflamação dos músculos e das articulações;
• Queimaduras leves;
• Abaixar a febre;
• Controlar hemorragias;
• Tratamento das verrugas do HPV.

 


Contra indicações da Crioterapia:
As contraindicações da crioterapia incluem:
• Ferida aberta;
• Pós-cirúrgico imediato;
• Infecções;
• Má circulação sanguínea;
• Doença imunológica;
• Hipotireoidismo;
• Psoríase;
• Doença cardíaca;
• Tratamento para o câncer;

Material
Bolsa de borracha, tecido para cobrir a bolsa e gelo picado.

Técnica para aplicação de bolsa de gelo:
1. Seguir os mesmos cuidados descritos na aplicação de bolsa quente;
2. Colocar as pedras de gelo na bolsa, enchendo até a metade;
3. Fechar a bolsa, testar se não há vazamento e enxugá-la;
4. Envolver a bolsa com a coberta (toalha, flanela);
5. Aplicar no local e deixar o tempo que for indicado, conforme prescrição médica;
6. Trocar o gelo sempre que necessário, se o tempo da aplicação for prolongado;
7. Retirar a bolsa ao termino da aplicação, verificar o local observando o resultado;
8. Deixar o paciente confortável e em ordem;
9. Anotar o procedimento e o resultado no relatório de enfermagem.

Cuidados importantes
• Observar constantemente a área de aplicação. Qualquer alteração da pele e queixas do paciente, suspender o procedimento e comunicar o médico;
• Em pacientes idosos, inconscientes, desnutridos e crianças deve-se ter cautela quanto ao limite da temperatura, devido à maior sensibilidade da pele;
• Nunca colocar bolsa com água quente debaixo do paciente, para evitar compressão excessiva da mesma, pois resulta em vazamento e queimaduras ao paciente;
• Não fazer aplicação de bolsa de gelo além de 30 minutos, devido ao risco de causar necrose.


 

Blog

14/10/2014 10:56
Feridas, Curativos e Coberturas A Pele Humana-Estruturas da pele É o maior órgão do corpo humano, representando cerca de 15% do peso corporal total e apresenta grandes variações ao largo de sua extensão. 1- Epiderme  Tecido avascular possui células dispostas em múltiplas camadas.  Nesta...
09/10/2014 13:30
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Definição: “Lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda superfície das mãos e punhos, utilizando...

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                                                INALOTERAPIA


É o procedimento realizado para facilitar o processo de fluidificação das secreções ou reverter broncoespasmo no paciente/cliente.


FINALIDADES:


Umidificar as vias respiratórias, fluidificar secreções da membrana mucosa do trato respiratório, para facilitar sua expulsão e ajudar no tratamento medicamentoso de doenças pulmonares.

INDICAÇÃO

Pacientes internados, ambulatoriais e de pronto atendimento, com prescrição

médica.

                                            CONTRA INDICAÇÃO

Pacientes com claustrofobia, pacientes com traumas ou queimaduras no rosto.

                                           RESPONSABILIDADE

Enfermeiro , Técnico de Enfermagem e Auxiliar de Enfermagem.

                                            RISCOS


• Intoxicação por concentrações altas de oxigênio;
• Ressecamento da córnea, mucosa oral;
• Sensação de sufocamento.

                                          MATERIAIS

 

  • Bandeja,
  • Inalador,
  • Fluxômetro, 
  • SF 0,9% ou água destilada(AD), 
  • Medicamento prescrito.

 

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA

Procedimento

Justificativa

01- Higienizar as mãos;

01-Diminui os microorganismos e profilaxia da infecção cruzada

02- Conferir a prescrição e reunir todo o material e levar junto ao paciente;

02- Evitar erros e facilitar a organização e o controle eficiente do tempo;

03- Colocar o SF 0,9% ou AD no reservatório do inalador e medicação,

03- Conforme prescrição médica;

04- Orientar o paciente sobre o procedimento;

04- Reduzir ansiedade e propiciar cooperação;

05- Colocar o paciente em posição de “Fowler”;

05- Permite que as micropartículas penetrem

profundamente nas vias aéreas;

06- Montar o sistema e conectar o inalador a rede de oxigênio ou ar comprimido através do fluxômetro;

06- Para que o fluxo aja diretamente sobre o medicamento que está no nebulizador;

07- Regular o fluxo de oxigênio ou ar comprimido de acordo com a prescrição através do fluxômetro, verificando se há saída de névoa do inalador;

07- A regulagem do fluxo tem como finalidade prevenir ou evitar a intoxicação devido altas doses de oxigênio

08- Colocar a máscara sobre a face do paciente delicadamente e orientá-lo a respirar tranquilamente;

__________________________

09- Manter a nebulização/inalação durante o tempo indicado e observar o paciente;

__________________________

10- Deixar o paciente confortável;

10- Demonstrar preocupação com o seu bem estar;

11- Recolher o material para limpeza e guarda;

11- Manter em ordem o ambiente;

12- Higienizar as mãos;

12- Reduzir a transmissão de microrganismos;

13- Checar o procedimento;

13- Informar que a ação foi realizada;

14-Realizar anotações de enfermagem no prontuário.

14-Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento;

Artigos 71 e 72 do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (Responsabilidades e Deveres).

BIBLIOGRAFIA

Manual de Procedimentos Para Estágio Em Enfermagem - 4ª Ed. 2013
Silva, Marcelo Tardelli daSilva, Sandra Regina L.p. Tardelli da


Procedimentos e Competências de Enfermagem: Perry & Potter

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=TBGseCTPiCQ
 

 

 

CATETERISMO NASOENTERAL


Conceito
Cateterismo Nasoenteral é a introdução através da cavidade nasal/oral de uma sonda de poliuretano ou outro material, posicionada no duodeno ou jejuno, com objetivo de disponibilizar uma via de acesso para nutrição.

Responsáveis pelo Procedimento
Enfermeiro e/ou médico

Objetivos
1. Fornecer suporte nutricional por via enteral.

2. Fornecer uma via para administração oral de medicamentos em pacientes que se encontram incapazes de cooperar e engolir sob comando.

Indicações da Sonda Nasoentérica
• Administração de medicamentos
• Alimentação enteral
• Problemas gastrintestinais com a dieta alimentar normal
• Presença de neoplasias (tumores) de boca
• Presença de neoplasias (tumores) de garganta
• Terapias para o câncer (neoplasias)
• Cuidados na convalescença
• Condições hipermetabólicas
• Paralisia orofaríngea / esofagiana
• Cirurgia maxilo-facial ou cervical


Contra Indicações
A passagem cega de uma sonda nasoentérica não deve ser realizada em pacientes com suspeita ou certeza de:

1. Fratura dos ossos nasais.

2. Suspeita de fratura na base do crânio.

3. Constricção ou rotura do esôfago.

4. Coagulopatia.

5. Ingestão de soluções cáusticas.

Material:
• Máscara descartável,
• Bandeja,
• Sonda Nasoenteral (a sonda DOBBHOFF, fabricada por Dobbie e Hoffmeister na década de 70) são fabricadas em poliuretano e silicone, não sofrem alteração física em contato com o PH ácido do estomago, são flexíveis, maleáveis e duráveis. Seu calibre é fino, com uma ogiva distal (tungstênio) possibilitando seu posicionamento além do esfíncter piloro, permitindo também o fechamento dos esfíncteres durante seu trajeto (Cárdia e Piloro).
• Gel hidrossolúvel/Xilocaína gel
•  Seringa 20 ml,
• Gaze,
• Estetoscópio,
•  Luva de procedimento,
• Esparadrapo/micropore,
•  SF 0,9%,
•  Lanterna (se necessário),
•  Biombo (se necessário),
• Toalha ou papel toalha.
 

Descrição do Procedimento

Procedimento de Enfermagem

Justificativa

01-Higienizar as mãos;

01- Reduzir transmissão de microrganismos;

02-Conferir prescrição médica, reunir o material e levar para próximo ao paciente;

02- Evitar erros, facilitar a organização e o controle eficiente do tempo;

03-Explicar o procedimento ao paciente e ao familiar;

03-Fazer com que o paciente e a família sejam mais cooperativos e tolerantes para um procedimento que, no início, é bastante desagradável;

04-Isolar a cama com um biombo;

04-Resguardar a privacidade do paciente;

05-Posicionar o paciente em posição “Fowler” alta, a menos que haja contra

indicação. Caso o paciente não possa ter a cabeceira elevada, mantê-lo em decúbito dorsal horizontal, lateralizando a cabeça e

inclinando-a para frente;

05- Facilitar a inserção da sonda;

06-Colocar máscara e calçar luvas de procedimento;

06- Proporcionar barreira física entre o profissional e os fluidos corporais do paciente;

07-Avaliar a desobstrução nasal e/ou desvio de septo;

07- Para inserir a sonda na narina não comprometida;

08-Inspecionar a condição da cavidade oral do paciente e o uso de prótese dentária;

08- A condição da cavidade oral determina a necessidade de cuidados de enfermagem para sua higienização após a inserção da sonda;

09- Colocar toalha ou papel toalha sobre o tórax do paciente;

09- Evitar sujar a roupa do paciente;

10- Higienizar narina com SF 0,9% quando necessário;

---------------------

11-Mensurar a sonda do ápice do nariz ao lóbulo da orelha, descer até o apêndice xifoide adicionando 15 a 20 cm, marcando com fita adesiva;

11-Determinar o comprimento correto a ser inserido a fim de atingir o duodeno;

12- Lubrificar a sonda com Xilocaína gel

12- Reduzir a fricção e o trauma tissular;

13- Introduzir a sonda na narina do paciente até sentir uma pequena resistência, nesse ponto, peça ao paciente para fletir ligeiramente a cabeça;

13- A resistência indica que a sonda atingiu a nasofaringe e ao fletir a cabeça ocorre o fechamento de traqueia e abertura do esôfago;

14- Quando possível, solicitar a colaboração do paciente, pedindo para que faça movimentos de deglutição;

14-Ajudar a passagem na sonda pelo esôfago;

15- Continuar introduzindo a sonda, acompanhando os movimentos de deglutição do paciente até o ponto pré-marcado;

_____________________

16- Testar posicionamento, injetando 20 ml de ar com seringa de bico. Auscultar com estetoscópio simultaneamente a região epigástrica e/ou aspirar o conteúdo gástrico;

16- A ausculta do fluxo de ar ao entrar no estômago é indicador da correta posição da sonda;

17- Após confirmação do posicionamento adequado da sonda, retirar o fio guia delicadamente;

______________________

18- A sonda deverá ser fixada adicionalmente na face, do mesmo lado da narina utilizada, com fita adesiva fina;

18- Evitar pressão excessiva sobre a narina e que a sonda migre para além da distância desejada;

19- Solicitar que o paciente permaneça em decúbito lateral Direito;

19- Facilitar o posicionamento da sonda para o duodeno através dos movimentos peristálticos;

20- Reunir todo material e deixar o paciente confortável;

20- Manter o ambiente em ordem e demonstrar preocupação com o seu bem estar;

21- Desprezar o material em local apropriado, higienizar a bandeja;

--------------------------

22- Retirar as luvas de procedimento e a máscara descartável;

---------------------------

23- Higienizar as mãos;

23- Reduzir transmissão de microrganismo;

24- Realizar anotações de enfermagem no prontuário;

24- Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento;

Artigos 71 e 72 do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (Responsabilidades e Deveres);

25- Encaminhar o paciente para controle radiológico;

25-Confirmar o posicionamento da sonda;

26- - Após a confirmação pelo RX que a sonda está corretamente posicionada o paciente deve ficar pelo menos 4 horas em jejum para não haver náusea ou vômitos

(26 A) A confirmação pelo RX deve ser feita para prevenir iatrogenias decorrentes da incorreta localização da sonda.

(26 B) O paciente deve ficar pelo menos 4 horas em jejum para não haver náusea ou vômitos

Complicações
• Traumas nasais;
• Inflamação do intestino;
• Diarreia;
• Obstrução da sonda;
• Pneumotórax.

Fatores que predispõem à má colocação da sonda e consequentes complicações pulmonares incluem o que se segue:


A) Intubação endotraqueal ou traqueostomia: Esses procedimentos estão associados ao risco mais comum e ocorrem em 60% dos pacientes que desenvolvem complicações com a inserção da sonda nasoentérica. As sondas endotraqueais ou as sondas de traqueostomia podem impedir o fechamento da glote, prejudicar o mecanismo da deglutição e levar à inserção endobrônquica.

B) Estado neurológico comprometido: Esta condição pode resultar em reflexos diminuídos das vias aéreas (faríngeo, deglutição e tosse), o que pode levar à inserção intrapulmonar da sonda de alimentação sem que o paciente demonstre sinais de angústia (tosse, dispneia, desconforto torácico).

C) Tamanho e comprimento da sonda colocada na árvore pulmonar: A inserção de sondas de grande calibre (como a sonda nasogástrica) em um ramo principal ou em um brônquio lobar geralmente não causa rotura do brônquio, porque as grandes divisões das vias suprimir aéreas são bem sustentadas por cartilagem e músculo liso. Contudo, sondas nasoentéricas de pequeno calibre podem avançar além, para o interior da árvore brônquica antes que o tamanho do tubo exceda a luz do brônquio, aumentando assim a possibilidade de rotura do brônquio e pneumotórax. Frequentemente é necessária a colocação de dreno de tórax quando ocorrem esses eventos. A experiência clínica mostra que as sondas de pequeno calibre, com ou sem trocater, apresentam igualmente a possibilidade de serem mal colocados.

Concepções erradas comuns sobre a inserção de sonda de alimentação incluem o que se segue:

1- O balonete do tubo endotraqueal ou de traqueostomia protege contra a inserção intrapulmonar da sonda de alimentação. A baixa pressão dos tubos endotraqueais e de traqueostomia permite a passagem fácil das sondas nasoentéricas de pequeno calibre, flexíveis e lubrificados para o pulmão.

2- A ausculta de fluxos de ar na região epigástrica enquanto se injeta ar na sonda nasoentérica garante o posicionamento adequado da sonda. A transmissão de som gerado no pulmão, para o estômago, e vice-versa, é comum e pode ser muito mal interpretada.

3- A ponta da sonda nasoentérica sobre a bolha de gás do estômago, vista pela radiografia, confirma o posicionamento correto do tubo. As radiografias são bidimensionais e não podem permitir a discriminação entre a sonda de alimentação que repousa posteriormente no lobo inferior esquerdo do pulmão do que repousa no estômago. Deve-se dar inteira atenção ao curso do tubo de alimentação quando ele passa através do tórax.


Registro de Enfermagem:


Registrar em anotações de enfermagem:
• Horário da realização do procedimento;
• Testes de verificação realizados pelo enfermeiro e outro membro da equipe;
• Médico que avaliou o Rx e liberou a infusão de dieta;
• Posicionamento da sonda (gástrica ou pós-pilórica);
• Intercorrências;
• Nome e COREN.


Anotar na frente do impresso de controles:
• Número do dia de sondagem;
• Posição da sonda (gástrica ou pós-pilórica).

Avaliação do Rx


A avaliação do RX para verificar o posicionamento é obrigatória!


Se a sonda estiver alocada no pulmão, seguir os seguintes passos para a retirada:
• Providenciar carro de emergência junto ao paciente;
• Solicitar a presença do médico plantonista;
• Após 30 minutos da retirada da sonda, solicitar novo Rx de controle, com posterior avaliação médica e registro em prontuário;
• Notificar o evento


Cuidados com a Manutenção da Sonda
• Checar a fixação da sonda e trocar, se necessário;
• Realizar os testes padronizados de posicionamento da sonda;
• Lavar a sonda com 20 ml de água filtrada antes, entre e após a administração das medicações;
• Macerar e administrar os medicamentos separadamente;
• Notificar enfermeiro e farmacêutico sobre qualquer dificuldade na diluição de medicamentos, resistência da sonda durante a administração.
• Seguir orientações na prescrição que recomendem a pausa da dieta para a administração de
medicamentos.

Cuidados com pacientes que fazem uso de sonda nasoenteral:
      • Pacientes com suporte nutricional enteral devem ser pesados periodicamente de acordo com a rotina da sua unidade;
      • O controle de peso deve constar em prescrição de enfermagem;
      • O registro do volume infundido da dieta nas 24h é fundamental para o acompanhamento do aporte calórico recebido pelo paciente;
       • A hidratação diária é essencial e deve constar na prescrição de enfermagem.
• Deixar o paciente em posição lateral direita para progressão da sonda para região pilórica;
• Manter a cabeceira do leito elevada a 30 graus para diminuir o risco de bronco aspiração;
• Administração da dieta pode ser contínua ou intermitente;
• Controlar, quando possível em bomba de infusão para melhor manutenção;
• Observar intolerância (náuseas, vômitos e diarreia) a alguns componentes da dieta, neste caso deve-se alterar sua composição, principalmente quando idosos;
• Deve-se aspirar o conteúdo gástrico através sonda, toda vez que for instalar nova dieta, para avaliar a presença de resíduos gástricos Caso exista um volume gástrico aspirado maior que 200 ml suspender a próxima dieta;
• Controlar sinais vitais, diurese, distensão abdominal, glicemia capilar, edemas, turgor da pele, dispneia;
• Ficar atento na fixação da sonda, alternando o local para não lesar a pele das narinas;
Cuidados no preparo e manuseio das sondas e dietas, de forma estéril, mantendo as dietas em refrigerador exclusivo, podendo ficar até 04hs em temperatura ambiente e 24hs na geladeira;

Observação Importante


Obstrução da Sonda:
• A desobstrução da sonda deve ser realizada somente através da administração de água morna.
• A utilização de fio guia é proibida e pode trazer graves consequências ao paciente.


Repassagem da Sonda:
• Após a repassagem da sonda, anotar a data e o motivo nas anotações de enfermagem.

Bibliografias:
CARMAGNANI, M. I.S. et al. Procedimentos de enfermagem: guia prático. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
Sandra Cristine da Silva, Ivana L. C. P. de Siqueira e Audry Elizabeth dos Santos: Boas Práticas de Enfermagem em Adultos - Procedimentos Básicos.
Ana Leticia Carnevalli Motta: Normas, Rotinas e Técnicas de Enfermagem.


 

Cateterismo Nasogástrico/Orogástrico


É a inserção de uma sonda plástica ou de borracha, flexível através da narina ou boca  até o estômago.


Finalidades:
 Descomprimir o estômago;
  Remover gás e líquidos;
 Diagnosticar a motilidade intestinal;
 Administrar medicamentos e alimentos;
 Tratar uma obstrução ou um local com sangramento;
 Obter conteúdo gástrico para análise.


Indicações:
 Alimentação;
 Hidratação;
  Administração de medicamentos em pacientes com dificuldade ou impossibilidade de
                se alimentar;
 Descompressão gástrica,
  Remoção parcial ou total do conteúdo gástrico; 
 Proteção contra broncoaspiração.


Contraindicações:
 Má formação;
  Obstrução do septo nasal;
 Desconforto respiratório importante;
 Má formação e/ou obstrução mecânica/ cirúrgica do trato gastrointestinal;
  Neoplasia de esôfago ou estômago.

Responsabilidade:
 Enfermeiro
 Técnico de Enfermagem

Tipos de Sondas Gástricas

Sonda de Levine: é uma das mais usadas, existindo no mercado tanto tubos de plástico como de borracha, com orifícios laterais próximos à ponta; são passadas normalmente pelas narinas. Apresenta uma única luz (números 14 a 18). A sonda é usada para remover líquidos e gases do trato gastrintestinal superior em adultos, obter uma amostra do conteúdo gástrico para estudos laboratoriais e administrar alimentos e medicamentos diretamente no trato gastrintestinal. A colocação da sonda pode ser checada depois de colocada aspirando-se o conteúdo gástrico e checando-se o ph do material retirado. O ph do aspirado gástrico é ácido (± 3); o ph do aspirado intestinal (± 6,5), e o ph do aspirado respiratório é mais alcalino (7 ou mais). Uma radiografia é o único meio seguro de se verificar a posição da sonda;


Sonda gástrica simples (“Salem-VENTROL”): é uma sonda radiopaca, de plástico claro, dotada de duas luzes. É usada para descomprimir o estômago e mantê-lo vazio;

Sonda Nutriflex: é uma sonda usada para nutrição. Possui 76 cm de comprimento e uma ponta pesada de mercúrio para facilitar sua inserção. É protegida por um lubrificante que é ativado quando é umidificado;

Sonda de MOSS: é uma sonda de descompressão gástrica de 90 cm de comprimento, três luzes e somente um balão que serve para fixar a sonda ao estômago quando inflado. O cateter de descompressão serve para aspiração gástrica e esofagiana, como também para lavagem. A terceira luz é uma via para alimentação duodenal;

Sonda S-B: é usada para tratar sangramento de varizes esofagianas. Tem 3 luzes e 2 balões; duas das luzes são utilizadas para inflar os balões, enquanto a terceira é usada para lavagem gástrica e para monitorizar o sangramento.


Complicações:

• Localização da sonda (sempre realizar o teste antes da infusão);
• A sonda pode deslocar-se para o aparelho respiratório;
• Lesões orais, nasais, esofágicas ou gástricas por deficiência no procedimento;
• Hemorragia (epistaxe);
• Otite média, sinusite aguda, pneumonia aspirativa;
• Atentar para fixação adequada da sonda, prevenindo o deslocamento da mesma.

Materiais:
 Bandeja;
 SNG (mulher  nº 14 a 16, homem  nº 16 a 18);
 Gel hidrossolúvel ou Xilocaína
 Seringa 20 ml,
 Gaze,
 Estetoscópio,
 Toalha,
  Luva de procedimento,
 Esparadrapo ou fita adesiva hipoalergênica,
 Máscara descartável.

Descrição da Técnica:

 

Procedimento

Justificativa

1- Higienizar as mãos;

01- Reduzir transmissão de microrganismos;

2- Conferir a prescrição médica, reunir todo material na bandeja e levar para próximo ao paciente;

02- Evitar erros, facilitar a organização e o controle eficiente do tempo;

5- Posicionar o paciente em posição “Fowler” alta, a menos que haja contra

indicação; caso o paciente não possa ter a cabeceira elevada, mantê-lo em decúbito dorsal horizontal, lateralizando a cabeça e inclinando-a para frente;

05- Facilitar a inserção da sonda;

6- Colocar máscara e calçar luvas de procedimento;

06- Proporcionar barreira física entre o profissional e os fluidos corporais do paciente;

7- Verificar o uso de próteses dentárias móveis, solicitando ao paciente para retirá-los;

07- Prevenir obstrução de orofaringe;

8- Avaliar obstrução nasal e/ou desvio de septo;

08- Para inserir a sonda na narina não comprometida;

9- Higienizar a narina com solução fisiológica, se necessário;

 

10- Colocar a toalha no tórax (ou papel-toalha);

10- Evitar de sujar o roupa do paciente;

11- Medir a sonda da ponta do nariz até o lóbulo da orelha e, a seguir, estender a sonda até o apêndice xifóide. Acrescentar a medida de dois dedos, marcando com fita adesiva;

11-Mensurar o comprimento da sonda para localização no estômago;

12- Lubrificar a sonda utilizando gaze gel hidrossolúvel;

12- Reduzir a fricção e o trauma tissular;

13- Introduzir na narina do paciente até sentir uma pequena resistência, nesse ponto, peça ao paciente para fletir ligeiramente a cabeça;

13- A resistência indica que a sonda atingiu a nasofaringe e ao fletir a cabeça ocorre o fechamento de traqueia e abertura do esôfago;

14- Quando possível, solicitar a colaboração do paciente, pedindo para que faça movimentos de deglutição;

14- Ajudar na passagem da sonda pelo esôfago;

15-Continuar introduzindo a sonda, acompanhando os movimentos de deglutição do paciente até o ponto

pré- marcado;

 

16-Testar posicionamento, injetando 20ml de ar com seringa de bico. Auscultar com estetoscópio concomitantemente a região epigástrica e/ou aspirar o conteúdo gástrico;

16- A ausculta do fluxo de ar ao entrar no estômago é indicador da correta posição da sonda;

17- A sonda deverá ser fixada adicionalmente na face, do mesmo lado da narina utilizada, com fita adesiva fina;

17- Evitar pressão excessiva sobre a narina e que a sonda migre para além da distância desejada;

18- Manter a sonda fechada ou aberta, conforme a indicação da prescrição médica;

 

19- Recolher todo material, deixando o ambiente em ordem e encaminhar ao expurgo;

19- Manter o ambiente em ordem;

20- Retirar as luvas de procedimento e a máscara descartável;

 

21- Higienizar as mãos;

21-Reduzir transmissão de microrganismos;

22- Realizar anotações de enfermagem no prontuário.

22- Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento;

Artigos 71 e 72 do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (Responsabilidades e Deveres).

Observações Importantes:
• Manter decúbito elevado e comunicar qualquer alteração;
• A sonda deverá ser testada sempre antes da administração da dieta;
• Após a administração da dieta, manter a sonda limpa e permeável;
• Sinais de asfixia como cianose, acesso de tosse e dispneia são indicativos de que a sonda está sendo direcionada para o trato respiratório, neste caso, retirar a sonda imediatamente;
• A higiene nasal e oral deverá ser rigorosa em paciente com SNG para evitar complicações como parotidites;
• Em caso de perda ou deslocamento da sonda em pacientes de pós-operatório de cirurgias de esôfago e estômago a sonda não pode ser repassada nem mesmo reintroduzida sem avaliação médica.

Bibliografias:
1. CARMAGNANI, M. I.S. et al. Procedimentos de enfermagem: guia prático. Rio de janeiro: Guanabara Koogan,
2- SANTOS, A. E.; SIQUEIRA, I. L. C. P.; SILVA, C.S. Procedimentos especializados. São Paulo: Atheneu, (Série boas práticas de enfermagem em adultos).
3- POTTER, P. A.; ANNE, G. P. Fundamentos de enfermagem. Rio de janeiro: Elsevier,
 

Terminologias


1. Abscesso – coleção de pus contendo células e microorganismos mortos, apresenta-se como uma bolsa bem delimitada na áreainfectada.


2. Adenite – Inflamação dos gânglios linfáticos.


3. Adiposo – de natureza gordurosa.


4. Aerofagia – deglutição voluntária ou involuntária de ar que penetra no estômago e se acumula.


5. Afagia – impossibilidade de deglutir.


6. Afasia – impossibilidade de falar ou entender a palavra falada em decorrência de disfunção dos centros cerebrais.


7. Afebril – que está sem febre.


8. Afonia – perda da voz.


9. Alérgeno – substância capaz de provocar alergia.


10. Alergia – reação de hipersensibilidade adquirida do organismo a uma determinada substância (ex: pelos, pólen, leite, medicamentos...). Os sinais mais freqüentes são: urticária, coriza, asma.


11. Álgico – relativo à dor.


12. Alopecia – perda de cabelos ou pelos ocasionada por diversas doenças. Pode ser total ou parcial, prematura ou senil.


13. Amenorréia – ausência anormal do fluxo menstrual.


14. Analgésico – que suprime a dor.


15. Anasarca – edema generalizado.


16. Anastomose – comunicação natural ou cirúrgica entre dois condutos.


17. Anisocoria – desigualdade de diâmetro das pupilas.


18. Anosmia – diminuição ou perda completa do olfato, pode ser transitória ou permanente.


19. Anóxia – falta de oxigênio nos tecidos.


20. Anúria – ausência da eliminação urinaria.


21. Apatia – falta de energia, estado de indiferença.


22. Apático – indiferente, sem reações afetivas.


23. Apnéia – parada dos movimentos respiratórios.


24. Assepsia – ausência completa de germes patogênicos.


25. Asséptico – estéril, sem contaminação.


26. Astenia – fadiga, enfraquecimento, falta de vitalidade, perda de energia em conseqüência de um estado de fraqueza geral.


27. Ataxia – incoordenação motora (ex: mal de Parkinson)


28. Atonia – falta de tônus muscular.


29. Autoclave – aparelho esterilizador com base no vapor d’água sob pressão, a 120ºC de temperatura.


30. Balanite – inflamação da glande.


31. Balanopostite – inflamação da glande e do prepúcio.


32. Banho de assento – Semicúpio. Imersão da bacia e dos quadris.


33. Blefarite – inflamação das pálpebras.


34. Bradicardia – diminuição dos batimentos cardíacos.


35. Bradipnéia – movimento respiratório abaixo do normal.


36. Caquexia – desnutrição adiantada, emagrecimento severo.


37. Cefaléia – dor de cabeça.


38. Ceratite – inflamação da córnea.


39. Cianose – cor azulada da pele por falta de oxigênio no sangue.


40. Claudicar – o mesmo que mancar.


41. Colúria – presença de bilirrubina ou bílis na urina.


42. Conjuntiva – membrana que recobre a parte externa do globo ocular e parte interna da pálpebra.


43. Conjuntivite – inflamação da conjuntiva.


44. Constipação – retenção de fezes no intestino por um tempo demasiadamente longo.


45. Corpo estranho – qualquer material encontrado no corpo que não deveria estar.


46. Debridamento – limpeza mecânica de uma ferida infectada com remoção de tecidos desvitalizados e secreção.


47. Desinfecção – destruição de microorganismo patogênico.


48. Diplopia – visão dupla.


49. Disfagia – dificuldade de deglutir.


50. Dislalia – comprometimento da fala, dificuldade na pronúncia das palavras.


51. Dismenorréia – menstruação difícil e dolorosa.


52. Dispareunia – dor na relação sexual.


53. Dispnéia – dificuldade respiratória.


54. Dispnéico – aquele que apresenta dispnéia.


55. Disúria – micção difícil e dolorosa.


56. Diurese – eliminação de urina.


57. Êmese – ato de vomitar.


58. Emético – substância que induz o vômito.


59. Enterorragia – hemorragia intestinal, eliminação de sangue nas fezes.


60. Enurese – incontinência urinaria noturna.


61. Epigástrio – porção média e superior do abdômen.


62. Epigastralgia – dor no epigastro.


63. Epistaxe – hemorragia nasal


64. Equimose – mancha escura ou azulada em decorrência do extravasamento de sangue no tecido subcutâneo.


65. Eritema – vermelhidão na pele que desaparece à compressão do local.


66. Eructação – eliminação de gases estomacais pela boca, na linguagem popular o mesmo que arrotar.


67. Escotomas – pontos luminosos no campo visual que ocorre na hipertensão arterial.


68. Esmegma – secreção caseosa que se acumula em redor do prepúcio ou dos pequenos lábios.


69. Esputo – escarro; material expectorado; pode ser mucoso, purulento, hemorrágico, espumoso.


70. Estase – estagnação de um líquido anteriormente circulante.


71. Esteatorréia - evacuação de fezes descoradas, contendo muita gordura.


72. Estenose – estreitamento congênito ou adquirido de uma estrutura tubular (ex: estenose de esôfago).


73. Estéril – asséptico, livre de qualquer micróbio.


74. Esterilização – operação pela qual uma substância ou um objeto passa a não conter nenhum micróbio.


75. Estomatite – inflamação da mucosa oral.


76. Etilismo – vício do uso de bebidas alcoólicas, intoxicação crônica pelo álcool etílico.


77. Eupnéia – respiração normal, sem dificuldade.


78. Evacuação – eliminação de fezes.


79. Exantema – deflorência cutânea, qualquer erupção cutânea.


80. Expectoração – expulsão de catarro das vias respiratórias.


81. Exsudato – líquido orgânico, rico em proteínas, de natureza inflamatória, formado pela passagem do soro através das paredesvasculares dos tecidos.


82. Febrícula – febre pouco elevada e passageira.


83. Fenestrado - com aberturas ou janelas.


84. Fétido – que exala um odor desagradável.


85. Filiforme – em forma de fio; diz-se de um pulso fraco, fino.


86. Flato – ar ou gases do intestino.


87. Flatulência – acúmulo de gases nos intestinos, provocando uma distensão e eliminação dos gases pelo ânus.


88. Flebite – inflamação de uma veia.


89. Flebotomia – incisão de uma veia, venosecção.


90. Fllictema ou flictena – elevação da epiderme com forma irregular, preenchida por líquido; bolha.


91. Friável – que se rompe ou se quebra facilmente.


92. Galactagogo – que estimula a secreção de leite.


93. Gengivite – inflamação da gengiva.


94. Glicosúria – presença de açúcar na urina.


95. Glossite – inflamação da língua.


96. Halitose – mau hálito.


97. Hematêmese – vômito com sangue.


98. Hematoma – coleção de sangue em tecido traumatizado.


99. Hematúria – presença de sangue na urina.


100. Hemiparesia – perda da sensibilidade em um lado do corpo.


101. Hemiplegia – paralisia de metade do corpo.


102. Hemoptise – hemorragia de origem pulmonar, expectoração com sangue.


103. Hemostasia – processo para conter a hemorragia, coagulação do sangue.


104. Hemotórax – coleção de sangue, na cavidade pleural.


105. Hepatoesplenomegalia – aumento do volume do fígado e do baço.


106. Hialino – cristalino, transparente.


107. Hígio – saudável.


108. Hiperemese – vômitos excessivos ou incoercíveis.


109. Hiperemia – coloração avermelhada da pela causada por congestão sanguinea.


110. Hiperglicemia – excesso de glicose no sangue.


111. Hipertermia – elevação da temperatura corporal.


112. Hipo-osmia – diminuição do olfato.


113. Hipotensão – diminuição anormal da pressão arterial.


114. Hipotonia – tonicidade muscular diminuída.


115. Hipóxia – diminuição de oxigênio no sangue.


116. Hordéolo – inflamação de uma glândula sebácea da pálpebra, (terçol).


117. Icterícia – coloração amarelada da pele e mucosas devido ao aumento da quantidade de bilirrubina no sangue.


118. Ictérico – com icterícia, relativo à icterícia


119. Inapetência – falta de apetite, anorexia.


120. Incontinência – perda de controle vesical ou intestinal.


121. Indolor – sem dor.


122. Ingesta – conjunto de alimentos e/ou líquidos ingeridos.


123. Isquemia – diminuição ou interrupção da circulação sanguínea a um tecido ou órgão.


124. Jejum – estado de privação de alimento sólido ou líquido durante um tempo determinado.


125. Lacerar – o mesmo que rasgar, dilacerar.


126. Lipotímia – estado de mal-estar caracterizado por fraqueza muscular , transpiração e distúrbios visuais, podendo haver ou não perda dos sentidos


127. Meato – orifício de um canal (ex. meato uretral)


128. Melena – fezes com sangue, em forma de borra de café. É o sangue que vem do estômago ou duodeno e sofreu transformaçõesquímicas.


129. Menarca – primeira menstruação.


130. Mento – saliência que se localiza abaixo do lábio inferior (queixo).


131. Metrorragia – hemorragia uterina fora do período menstrual.


132. Mialgia – dor muscular.


133. Miíase – presença de larvas de moscas no organismo.


134. Micção – expulsão de urina da bexiga, ato de urinar.


135. Miose – contração da pupila.


136. Mucosa – membrana que reveste as cavidades do organismo (ex. boca, olhos, estômago, pulmões).


137. Náusea – vontade de vomitar seguida ou não de vômito.


138. Necrose – processo de morte dos tecidos de uma região do corpo por falta de nutrientes e/ou oxigênio.


139. Nictúria – micção freqüente á noite.


140. Nistagmo – sucessão de movimentos involuntários rítmicos e conjugados dos globos oculares.


141. Obesidade – excesso de tecido adiposo, aumento de peso superior a 25% do peso normal.


142. Obnubilação – estado de apatia e torpor, apresentando turvação e lentidão no pensamento.


143. Obstipação – constipação rebelde, prisão de ventre.


144. Oligúria – diminuição da quantidade de urina eliminada em 24 horas.


145. Ortopnéia – acentuada falta de ar em decúbito dorsal.


146. Otalgia – dor de ouvido.


147. Paraplegia – paralisia dos membros inferiores, que compromete parcialmente o tronco.


148. Paresia – paralisia ligeira ou incompleta que se manifesta como diminuição da força muscular.


149. Parestesia – alteração da sensibilidade, desordem nervosa, com sensações anormais. (ex. picadas, formigamentos).


150. Paroníquia – inflamação ao redor da unha.


151. Peristaltismo – movimentos de contração (de cima para baixo) do tubo digestivo.


152. Petéquias – pequenas hemorragias puntiformes.


153. Pirose – azia, fermentação ácida com sensação de calor no estômago.


154. Piúria – presença de pus na urina.


155. Polidipsia – sede excessiva.


156. Poliúria – aumento da quantidade de urina.


157. Precordial – relativo á área torácica que corresponde ao coração.


158. Priaprismo – ereção prolongada, dolorosa, não associada com estimulação sexual.


159. Profilático – que previne, que evita.


160. Proteinúria – presença de proteína na urina.


161. Prurido – coceira.


162. Ptose – queda ou posicionamento anormalmente baixo de uma estrutura ou órgão (ex. ptose palpebral).


163. Pus – líquido de cor turva, espesso formado na infecção. É composto de leucócitos, monócitos, células mortas e microorganismos.


164. Pústula – vesícula cheia de pus.


165. Queilose – afecção dos lábios e dos ângulos da boca.


166. Quelóide – excesso de tecido conjuntivo na cicatriz.


167. Recidiva – recaída, reaparecimento da doença após remissão bem-sucedida.


168. Refluxo – movimento do conteúdo líquido de um conduto orgânico em sentido contrario ao do movimento normal (ex. relfuxogastroesofágico)


169. Regurgitação – volta de comia do estômago á boca.


170. Retenção urinária – incapacidade de eliminar a urina.


171. Rinorréia – coriza, descarga mucosa pelo nariz.


172. Sialorréia – salivação excessiva.


173. Sialosquiese – salivação deficiente


174. Taquipnéia – aumento da freqüência dos movimentos respiratórios.


175. Tenesmo – esforço doloroso (e involuntário) para evacuar sem eliminação de fezes.


176. Timpanismo – distensão por gases.


177. Urina residual – urina que permanece na bexiga após a micção. Mede-se mediante cateterismo.


178. Vasoconstrição – contração dos vasos com estreitamento de seu canal ou luz.


179. Vasodilatação – dilatação dos vasos sanguíneos.


180. Vesícula – pequena bolha contendo líquido.

Referência:

Dicionário de Termos Médicos , Enfermagem e de Radiologia - 4ª Ed. 2010 - Guimaraes, Deocleciano Torrier

ALIMENTAÇÃO POR SONDA ORO/NASOGÁSTRICA COM TÉCNICA DE GAVAGEM

Conceito:
É a introdução de líquidos por sonda, pela boca ou nariz até o estômago, usando a gravidade.


Finalidade:
Oferecer suporte nutricional ao paciente com incapacidade de receber alimentação por via oral ou amamentação fisiológica normal.


Indicação:

  •  Nutrição;
  • Hidratação;
  •  Administração de medicamentos aos pacientes impossibilitados de deglutir.

Contra- Indicação:
 Desconforto e dor local,
  Hemorragias,
 Infecções,
  Cólicas,
  Náuseas e vômitos,
  Alterações da flora bacteriana
 Anormalidades associadas a eletrólitos e metabólitos e refluxo gastresofágico.


Responsabilidade:
 Enfermeiro
 Técnico de Enfermagem


Complicações
• Localização da sonda (sempre realizar o teste antes da infusão);
• Náusea, vômito e mal-estar;
• Refluxo e broncoaspiração.


Materiais:
 Frasco com dieta,
 Frasco com água,
 Seringa de 20 ml,
 Equipo específico para dieta,
 Água potável,
  Estetoscópio.

Descrição do Procedimento

 

Procedimento

Justificativa

01- Higienizar as mãos;

01- Reduzir transmissão de microrganismos;

02- Conferir a prescrição médica e reunir todo material necessário;

02- Evitar erro; facilitar a organização e o controle eficiente do tempo;

03- Conferir se a dieta está de acordo com a prescrição;

03- Evitar erro;

04- Observar a integridade do frasco e aspecto e temperatura da dieta;

04- A administração em temperatura ambiente evita alterações bruscas de temperatura no TGI;

05- Conectar o equipo ao frasco da dieta;

 

06- Explicar o procedimento ao paciente sempre que possível;

06- Reduzir a ansiedade e propicia a cooperação;

07- Posicionar o paciente em posição “Semi-Fowler” ou “Fowler”

07- Minimizar os riscos de aspiração traqueobrônquica por refluxo gástrico;

08- Confirmar o posicionamento da sonda com seringa de 20 ml;

08- Assegurar proteção às vias aéreas e apropriada localização da sonda;

09- Conectar o equipo na sonda, dobrando-a para evitar a entrada de ar;

 

10-Abrir o equipo, deixando a dieta correr lentamente, conforme prescrição médica;

10- Introduzir a fórmula a uma velocidade lenta e regular permite que o estômago se acomode ao alimento e diminui o sofrimento gastrintestinal;

11-Após término da dieta, lavar a sonda com 20ml de água filtrada em “push”

11- Evitar obstruções por resíduos alimentares;

12- Conectar frasco com água;

12- Hidratar;

13-Fechar a sonda;

13-Evitar vazamentos;

14-Manter o paciente em decúbito elevado por 30 minutos;

14- Prevenir refluxo gástrico e, consequentemente, aspiração brônquica;

15-Deixar o paciente confortável;

15- Demonstrar preocupação com o seu bem estar;

16-Recolher todo material, deixando o ambiente em ordem e encaminhar para o expurgo,

16- Manter a ordem do ambiente;

17-Higienizar as mãos;

17- Reduzir transmissão de microrganismo;

18-Checar o procedimento;

18-Informar que a ação foi realizada;

19-Realizar anotações de enfermagem no prontuário.

19- Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento; Artigos 71 e 72 do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (Responsabilidades e Deveres).


Observações Importantes:


• Os frascos de água administrados no decorrer do dia têm como objetivo hidratar o paciente e não substituem a lavagem manual com a seringa.
• Realizar limpeza das tampas conectoras com álcool a 70% e da parte externa da sonda. Trocar a fixação sempre que houver sujidade.
• O equipo específico deverá ser trocado segundo orientações da CCIH.
• Verificar rotineiramente o resíduo gástrico (volume de líquido dentro do estômago) a fim de determinar se o volume alimentar ultrapassa ou não a capacidade fisiológica do paciente. Se for:
1. Menor que a metade do último volume infundido: desprezar e administrar o próximo frasco;
2. Maior/igual que a metade do último valor infundido: reinfundir e descontar esse valor da próxima dieta. Verificar com o médico a utilização de pró-cinéticos e modificar a administração da NE para bomba de infusão;
3.  Maior/igual que o total do último volume infundido: desprezar, dar pausa na dieta e comunicar ao médico;

• Se o paciente ficar nauseado ou vomitar interrompa a alimentação imediatamente.
• A validade da dieta é de 180 minutos a partir do recebimento do frasco na unidade. Normalmente, a dieta deve ser administrada no período de 90 a 120 minutos, respeitando-se o intervalo de pelo menos 1 hora entre a administração de uma dieta e outra, a fim de evitar desgaste da mucosa intestinal.


Referências:
POTTER, P. A.; ANNE, G. P. Fundamentos de enfermagem. Rio de janeiro: Elsevier,2005
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Aprova o regulamento técnico para fixar os
requisitos mínimos exigidos para a terapia de nutrição enteral. Resolução n. 63, de 6 de julho de 2000.Disponível em: <http//www. anvisa.df.gov.br/>. Acesso em: 11 jan. 2010.

LAVAGEM GÁSTRICA

Conceito:

Lavagem gástrica é um procedimento terapêutico, ao longo do qual se introduz uma sonda no interior do estômago, para se irrigar e aspirar o seu conteúdo. Apesar de este procedimento ser utilizado como preparação para a cirurgia gástrica e para alguns exames auxiliares de diagnóstico, é utilizada essencialmente no tratamento de intoxicações por via digestiva.

 

Objetivos:

  •   A retirada urgente de substância ingerida a fim de reduzir a absorção sistêmica;
  •  Administrar medicamentos, como carvão ativado, em alguns casos de intoxicação exógena, e a solução salina gelada, como método de resfriamento em situações de hipertermia maligna
  • Tratar uma obstrução ou um local de sangramento;
  • Obter conteúdos gástricos para análise laboratorial.

 

Indicação:

  • Tratamento das intoxicações exógenas;
  • Esvaziar o estômago em preparação para um exame endoscópico;

Contra- Indicação:

  • Depois de ingestão de substância corrosiva.

Responsabilidade:

  • Enfermeiro
  • Técnico de Enfermagem
  • Auxiliar de Enfermagem

Complicações:

  • Pneumonia aspirativa;
  • Laringoespasmo e lesões traumáticas da orofaringe, esôfago e/ou estômago;
  • Desequilíbrio hídrico (intoxicação hídrica e hiponatremia)
  •  Desequilíbrio eletrolítico (hipernatremia).

Material:

  • Sonda nasogástrica Levine de grosso calibre,
  • Gel hidrossolúvel ou Xilocaína
  • Luvas de procedimento,
  • Seringa de 20 ml com bico,
  • Estetoscópio,
  • Micropore.

Descrição do Procedimento:

Procedimento

Justificativa

01- Higienizar as mãos e colocar máscara;

01- Reduzir transmissão de microrganismos;

02- Conferir prescrição médica e reunir o material;

02- Evitar erros; facilitar a organização e o controle eficiente do tempo;

03- Orientar paciente e família sobre o procedimento;

03- Fazer com que o paciente e a família sejam mais cooperativos e tolerantes para um procedimento;

04-Isolar a cama com um biombo;

04- Resguardar a privacidade do paciente;

05- Posicionar o paciente em decúbito lateral esquerdo elevado com cabeça fletida;

05- Diminuir a passagem do conteúdo gástrico para o duodeno durante a lavagem gástrica;

06- Calçar luvas de procedimento;

06- Proporcionar barreira física entre as mãos e os fluidos corporais;

07-Inspecionar a condição da cavidade oral do paciente e o uso de próteses dentárias;

 

08-Colocar toalha ou papel-toalha sobre tórax do paciente;

08- Evitar de sujar o tórax do paciente;

09-Higienizar narina com SF 0,9% quando necessário;

09-Desobstruir e facilitar a boa visualização;

10- Medir a sonda a partir da narina, estendendo até o lóbulo da orelha e descendo em diagonal até o apêndice

xifoide, acrescentando a medida de dois dedos;

10- Mensurar o comprimento da sonda para localização no estômago;

11- Realizar a marcação do posicionamento ideal na sonda com micropore;

 

12- Lubrificar a sonda com gel hidrossolúvel;

12- Reduzir fricção e trauma;

13- Introduzir a sonda na narina do paciente até sentir uma pequena resistência nesse ponto, peça ao paciente para fletir ligeiramente a cabeça;

13- A resistência indica que a sonda atingiu a nasofaringe e ao fletir a cabeça ocorre o fechamento da traqueia e abertura do esôfago;

14-Quando possível, solicitar a colaboração do paciente, pedindo para que faça movimentos de deglutição;

14- Esse movimento ajuda a passagem da sonda;

15-Continuar introduzindo a sonda acompanhando os movimentos de deglutição do paciente até o ponto pré-marcado;

 

16- Realizar a fixação da sonda com micropore na narina do Paciente;

16- Evitar que a sonda fique mal posicionada;

17- Injetar ar com uma seringa de 20 ml e auscultar concomitantemente o epigástrico do paciente;

17/18-Confirmar o posicionamento da sonda no estômago;

18- Aspirar o conteúdo gástrico;

 

19- Administrar volumes fracionados de SF 0,9% conforme prescrição médica, permitindo retorno, até que o líquido instilado retorne claro e não se observe resíduos;

 

20- Drenar o volume infundido em sistema de drenagem;

20- Diminuir o risco de enchimento excessivo com a solução irrigante;

21- Aspirar  o volume e/ou ordenhar a sonda, se necessário;

 

22- Retirar a sonda e recolher o material;

22- Manter o ambiente em ordem;

23- Higienizar as mãos;

23- Reduzir transmissão de microrganismo;

24- Deixar o paciente confortável;

24- Demonstrar preocupação com o seu bem estar;

25- Realizar anotações de enfermagem pertinente à passagem da sonda, volume e aspecto do líquido drenado em prontuário.

25- Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento;

Artigos 71 e 72 do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (Responsabilidades e Deveres).

 

Observação:

  1. Em crianças, utiliza-se SF 0,9% aquecido a 38°C para evitar hipotermia.
  2. Durante a lavagem, observar o volume de retorno, que deverá ser o mesmo do infundido.
  3. Checar a necessidade de coleta de material para análise laboratorial, que deve anteceder a lavagem gástrica.
  4. Observar continuamente qualquer alteração de nível de consciência e monitorar frequentemente os sinais vitais, pois a resposta vagal natural à intubação pode deprimir a frequência cardíaca do paciente.

Referências:

POTTER, P. A.; ANNE, G. P. Fundamentos de enfermagem. Rio de janeiro: Elsevier,

CARMAGNANI, M. I.S. et al. Procedimentos de enfermagem: guia prático. Rio de janeiro: Guanabara Koogan,

CATETERISMO VESICAL

 

Conceito/Finalidades:

 É a introdução de um cateter ou sonda estéril através da uretra até a bexiga, com fim de diagnóstico ou tratamento.

Indicações Gerais:

·         Drenagem vesical por obstrução crônica,

·         Disfunção vesical (bexiga neurogênica),

·         Drenagem vesical após cirurgias urológicas e pélvicas,

·         Medida de diurese em pacientes graves,

·         Assegurar a higiene perineal e o conforto de pacientes incontinentes de urina e   comatosos.

Contraindicação:

·         Obstrução mecânica do canal uretral,

·          Infecção do trato urinário baixo.

Responsabilidade:

·         Enfermeiro

Tipos de Cateterismo Vesical:

1.       Cateterismo Vesical de Alívio

2.       Cateterismo Vesical Intermitente

3.       Cateterismo Vesical de Demora

Complicações:

·         Infecção urinaria: mas comum causada principalmente pelo uso incorreto da técnica asséptica.

·         Hemorragia: pode ser causada pela utilização de uma sonda de calibre inadequado ao tamanho da uretra, passagem incorreta, existência de patologias previa.

·         Formação de cálculos na bexiga: devido longa permanência da sonda.

·         Bexiga neurogênica: nos pacientes com permanência prolongada da sonda.

·         Trauma tissular: devido a aplicação de força durante a passagem, utilização de sonda muito calibrosa.

Cateterismo vesical de Alívio

Um cateter reto (sonda de nelaton), e de uso único é introduzido por um período suficiente para drenar a bexiga. Quando a bexiga estiver vazia o cateter deve ser retirado imediatamente. Este tipo de cateterismo pode ser repetido quando necessário, porém, o uso repetido aumenta os riscos de trauma e infecção.

 

Indicações:

·         Alívio para retenção urinária;

·         Obtenção de urina estéril;

·         Avaliação de urina residual depois da micção;

Cateterismo Vesical intermitente

É aquele realizado e utilizado em horários pré-estabelecidos. Ex: de 6/6h, nos casos de bexiga neurogênica, etc....

Cateterismo Vesical de Demora

Uma sonda de demora ou folley permanece no local por um período prolongado. Possui um balão insuflável com água que envolve a sonda exatamente abaixo da extremidade, quando insuflado, o balão repousa contra a saída da bexiga, fixando a sonda na posição.

A sonda de retenção ou de demora pode possuir  duas vias( sonda de Folley),ou  três vias dentro do corpo da sonda.( sonda de Owen, para lavagem vesical).

Tipos de Sondas de Demora:

·         Sonda Folley

·         Sonda de Owen

Tempo de Permanência:  7 dias

Numeração:

14 – 16 em mulheres

16 - 20 em homens

Indicações:

·         Facilitar a eliminação vesical.

·         Facilitar a avaliação da quantidade de urina residual.

·         Permitir uma avaliação continua e apurada da diurese.

·         Fornecer uma via para irrigação da bexiga.

·         Realizar o controle indireto da função hemodinâmica e promover a drenagem de paciente com incontinência urinaria.

·         Esvaziar a bexiga para procedimentos cirúrgicos ou diagnósticos.

·         Controlar sangramentos.

Materiais:

·         Bandeja de cateterismo vesical,

·         Sonda Folley,

·         Bolsa coletora sistema fechado,

·         Antisséptico Tópico,

·         Gel hidrossolúvel/Xilocaína,

·          Luvas esterilizadas(2 pares) e de Procedimento,

·          Ampolas de água destilada,

·         Biombo, Seringa 20 ml,

·         Fita adesiva hipoalergênica ou esparadrapo.

 

Descrição do Procedimento:

Procedimento

Justificativa

01- Conferir a prescrição médica;

01- Evitar erros;

02- Reunir o material e levar até o paciente;

 

03- Explicar o procedimento ao paciente;

03- Reduzir ansiedade e propiciar cooperação;

04- Promover a privacidade do paciente;

04-Mostrar respeito pela dignidade do paciente;

05- Higienizar as mãos;

05-Reduzir transmissão de microrganismos

06-Posicionar o paciente:

A. feminino: posição dorsal(supino com joelhos flexionados).

B. masculino: posição supina com as coxas levemente contraídas.

06-Permitir facilidade de acesso e visualização;

07-Calçar luvas de procedimento e realizar a higiene íntima rigorosa com água e sabão (se paciente dependente). Orientar a higienização prévia a pacientes independentes;

07- Prevenir a contaminação por agentes microbianos;

08-Retirar luvas de procedimento e higienizar as mãos;

 

09- Abrir a bandeja de cateterismo e adicionar os materiais descartáveis (sonda de Folley, seringas, agulhas, gaze estéril e sistema coletor fechado) dentro da técnica asséptica;

09-Manipular material esterilizado sem contaminação;

10- Calçar luvas estéreis

10- Calçar luvas estéreis (2 pares);

11-Adaptar a sonda de Folley ao coletor de urina sistema fechado;

11-Prevenir contaminação do sistema;

12- Colocar gel hidrossolúvel na seringa de 20ml (se paciente masculino) e colocar água destilada em seringa de 10ml;

12- Com auxílio de um colega, colocar gel hidrossolúvel na seringa de 20ml (se paciente masculino) e colocar água

destilada em seringa de 10ml;

13- Testar o cuff (balonete) com a seringa de 10ml com água destilada;

13-Verificar a integridade do balão;

14- Realizar antissepsia do meato uretral:

A. feminino:

(1) com a mão não dominante, retrair os grandes lábios e manter a posição ao longo do procedimento.

(2) usando pinça na mão dominante esterilizada, pegar gazes estéreis saturadas com solução antisséptica e limpar a área do períneo, limpando da frente para trás do clitóris na direção do ânus. Com uma nova gaze para cada área,

limpar ao longo da dobra dos grandes lábios, perto da dobra dos grandes lábios e diretamente sobre o centro do meato uretral.

B. masculino:

(1) recolher o prepúcio com a mão não dominante, segurar o pênis abaixo da glande. Manter a mão não dominante na

posição ao longo do procedimento.

 

(2) com a mão dominante, pegar uma gaze com a pinça e limpar o pênis. Fazer movimento circular do meato uretral para baixo até a base da glande. Repetir a limpeza três vezes, usando uma gaze limpa a cada vez.

(1) visualização total do meato uretral. Retração total previne a contaminação do meato uretral durante a limpeza.

(2) a limpeza reduz o número de microrganismos no meato uretral.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(2) a limpeza reduz o número de microrganismos no meato uretral.

15- Retirar o primeiro par de luvas estéril usado na antissepsia;

 

16- Posicionar o campo fenestrado sobre a genitália;

 

17- Lubrificar a sonda com xilocaína. No homem, poderá ser injetado o lubrificante diretamente na uretra através de seringa de 20 ml.

17-Reduzir a fricção e a possível irritação quando da inserção da sonda;

18- Introduzir a sonda delicadamente no meato uretral até observar a drenagem de urina. Quando masculino, levantar o pênis na posição perpendicular ao corpo do paciente;

18- O pênis devidamente posicionado facilita a inserção do cateter;

19- Insuflar o balonete com água destilada, observando o volume marcado na sonda;

19-Manter a extremidade distal da sonda no interior da bexiga;

20-Tracionar vagarosamente a sonda e fixar na parte interna da coxa (mulher) e área suprapúbica (homem);

20- Evitar possível tensão no trígono urogenital (mulher) e tensão uretral na junção penescrotal (homem);

21- Não se esquecer de reposicionar o prepúcio e remover o excesso de antisséptico da área meatal;

21-O reposicionamento evita constrição do prepúcio atrás

da glande do pênis – parafimose. A remoção do excesso de antisséptico impede a irritação do tecido pelo contato prolongado com o antisséptico;

22- Prender o coletor na parte inferior da cama após colocar a data, hora e nome do funcionário;

22-Evitar refluxo de urina da bolsa para a bexiga;

22-Evitar refluxo de urina da bolsa para a bexiga;

23-Manter conforto e segurança;.

24- Encaminhar o material utilizado ao expurgo;

 

25- Retirar luvas e higienizar as mãos;

25-Reduzir transmissão de microrganismos;

26- Checar o procedimento;

26-Informar que a ação foi realizada;

27- Realizar as anotações de enfermagem no prontuário.

27-Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento;

Artigos 71 e 72 do Código de Ética dos Profissionais

de Enfermagem (Responsabilidades e Deveres).

 

Observações Importantes:

·         Em pacientes acamados, com sonda vesical, deve-se fazer higiene íntima após cada evacuação.

·         Em alguns casos de retenção urinária pode ser colocada bolsa de água morna ou compressas na região suprapúbica.

·         Observar e anotar o volume urinário, cor e o aspecto.

·         Desinsuflar o balão na retirada da sonda vesical, observar e anotar a primeira micção espontânea.

·         O sistema de drenagem deve ser obrigatoriamente “fechado” e trocado toda a vez que for manipulado inadequadamente.

·         Não abrir o sistema de drenagem, para realizar coleta de exames.

·         Realizar higiene perineal com água e sabão, e do meato uretral, pelo menos 2X ao dia.

Referências:

ATKINSON, Leslie D.; MURRAY, Mary Ellen. Fundamentos de enfermagem: introdução ao processo de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008

CARMAGNANI, Maria I. S. et al. Procedimentos de enfermagem: guia prático. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

Claudia Cristine de Souza Gonçalves; Fabiano Rodrigues do Santos; Madalena Monterisi Nunes; Paola Carbone. Enfermagem - Técnicas e Procedimentos: 1ª Edição, Editora Rideel

Câncer de Próstata ( Neoplasia Maligna da Próstata)


Conceito:
Câncer de próstata é uma doença na qual ocorre o desenvolvimento de tumor na próstata, uma glândula do sistema reprodutor masculino. Ocorre quando as células da próstata sofrem mutações e começam a se multiplicar sem controle. Estas células podem se espalhar (metástase) a partir da próstata em direção a outras partes do corpo, especialmente ossos e linfonodos.


Revisão de Anatomia da Próstata

  • A próstata é uma glândula, com o tamanho de uma amêndoa e formato de uma maçã;
  • Ela está situada na parte baixa do abdômen, à frente do reto, sob a bexiga e envolve a uretra, o canal que permite o escoamento da urina.
  • A função principal da próstata é a de produzir uma parte do líquido seminal, fluido que compõe o esperma e uma enzima que ajuda na coagulação do sangue.
  • Possui dois tipos de tecido: o conjuntivo (dá sustentação e produz enzimas) e o glandular (produz o líquido prostático).
  • Na idade adulta, uma próstata normal pesa aproximadamente de 20 a 25 gramas com dimensões de aproximadamente 4 cm de largura, 3 cm de altura e 2 cm de espessura.

 

 

 

www.youtube.com/watch?v=U3B80Fua_MA

Incidência:

  • É o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres.
  • Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.
  • Em 2014 estimam-se aproximadamente 68.800 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil.

Fatores de Risco:

  • Idade avançada (acima de 50 anos),
  • Histórico familiar da doença,
  • Fatores hormonais e ambientais e certos hábitos alimentares (dieta rica em gorduras e pobre em verduras, vegetais e frutas baixam as defesas do corpo contra o câncer),
  • Sedentarismo e excesso de peso.
  • Os negros constituem um grupo de maior risco para desenvolver a doença.

Sintomas:

  • A maioria dos cânceres de próstata cresce lentamente e não causa sintomas;
  • Tumores em estágio mais avançado podem ocasionar dificuldade para urinar:

       ♦ Jato fino e fraco.
        ♦ Dificuldade para iniciar a micção.
        ♦ Gotejamento final.
        ♦ Sensação de bexiga cheia após a micção.
        ♦ Levantar várias vezes à noite para urinar.
        ♦ Urgência para urinar.
        ♦ Urinar muito frequentemente o dia todo.

  • Hematúria ( presença de sangue na urina);
  • Dor óssea (coluna, fêmur e bacia), principalmente na região das costas, devido à presença de metástases, é sinal de que a doença evoluiu para um grau de maior gravidade.
  • Perda de Peso

Diagnóstico:

  • Por meio de interrogatório clínico;
  • Exame laboratorial de PSA;
  • Toque Retal;
  • Ultrassom transretal ( detecta tumores pequenos ou que estejam localizados em áreas da próstata não alcançadas pelo toque retal.
  • Observação: Juntos, esses exames identificam até 98% dos tumores.
  • Caso sejam constatados aumento da glândula ou PSA alterado, deve ser realizada uma biópsia para averiguar a presença de um tumor e se ele é maligno.

Quem deve fazer exame de próstata:     

  • Todos os homens após os 45 anos.
  • Todos os homens após os 40 anos que tiverem antecedentes de câncer de próstata ou mama em parentes de primeiro grau.

O que é o PSA:
        ♦ Abreviação de Prostatic Specific Antigen.
        ♦ Em português: Antígeno Prostático Específico, uma proteína produzida pela próstata.
        ♦ Serve para avaliar a próstata e não exclusivamente o câncer.
        ♦ É um exame muito valioso para prevenção.
Pode estar alterado pelo aumento benigno ou maligno (câncer) da próstata. Cabe ao seu médico identificar o problema.

Fatores que agem alterando o valor do Exame de PSA:

  • Toque retal;
  • Relação sexual;
  • Esportes que tocam a próstata podem alterar o PSA sem causar doenças à próstata.

Por isso, devem ser evitados antes de colher os sangues para o exame.


Tratamento:

  • Cirurgia (prostatectomia radical);
  • Radioterapia;
  •  Hormônioterapia;
  • Quimioterapia.

Medidas Preventivas

  • Dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais e com menos gordura;
  • Consumir tomate;
  • Pelo menos 30 minutos diários de atividade física;
  • Manter o peso adequado à altura;
  • Diminuir o consumo de álcool;
  • Não fumar;
  • Homens a partir dos 45 anos devem realizar exames de rotina;
  • Quem tem histórico familiar da doença  iniciar os exames de rotina a partir dos 40 anos.
 
 

Prostatectomia
É a remoção cirúrgica de parte ou total da próstata

www.youtube.com/watch?v=HNHe7fnNwuU

Indicações

  • Neoplasia Maligna da próstata
  • Hiperplasia benigna de próstata que chega a ponto de restringir o fluxo de urina através da uretra.

Tipos de Prostatectomia


Prostatectomia aberta:

 Procedimento cirúrgico que envolve uma incisão na pele e retirada do adenoma prostático. Dentro desta temos:


1. Prostatectomia Perineal radical: incisão feita no períneo, entre o reto e o escroto, e a próstata é removida;
2. Prostatectomia Repúbica Radical: incisão feita no abdome inferior e a próstata é removida saindo por trás do osso púbico ( retropúbica)
3. Prostatectomia Laparoscópica: está indicada no tratamento do câncer da próstata localizado em pacientes com expectativa de vida de pelo 10 anos.
É realizada com o paciente sob anestesia geral.
Habitualmente empregada cinco incisões no abdome e a próstata inteira é removida, preservando nervos que são mais facilmente lesados por uma abordagem perineal ou retropúbica e sendo mais econômica que a técnica cirúrgica auxiliada por um robô.
O maior problema durante a operação é o risco de sangramento pelas grandes veias em frente à próstata.
Um pouco de urina pode vazar no ponto de sutura entra a bexiga e uretra, mas isso logo para.
Dificuldade controlar a urina, pois existe uma relação entre os músculos da bexiga e a próstata, assim com a remoção da próstata vai afetar esses músculos. É muito comum acontecer isso, mas passa em de dois dias após a remoção cateter.

www.youtube.com/watch?v=HNHe7fnNwuU


Complicações:

  • Incontinência urinária;
  • Disfunção erétil;
  • Formação de coágulos que podem obstruir o cateter, distender a cápsula prostática e provocar hemorragia.

Cuidados de enfermagem

  • Administrar e controlar hidratação oral ( soro e ingesta de líquidos);
  • Monitorar cateterismo vesical de demora, com controle de irrigação;
  • Observar sinais de hemorragia;
  • Manter acessos venosos;
  • Administrar medicamentos conforme prescrição;
  • Observar o curativo com frequência;
  • Remover suturas conforme prescrição;
  • Instruir o paciente na alta que não deverá dirigir automóveis por certo tempo, executar trabalhos ou exercícios que exijam muito esforços, e que qualquer sinal de sangramento, febre ou anormalidade deverá procurar o médico.

Síndrome de Rasmussen


Conceito:
A Síndrome de Rasmussen, também conhecida como Encefalites Focais Crônicas (CFE) ou Encefalite de Rasmussen, é uma desordem neurológica rara e progressiva, caracterizada por ataques epiléticos frequentes e severos, perda de habilidades motoras e da fala, hemiparesia (paralisia em um lado do corpo), encefalites (inflamação do cérebro), demência, e deterioração mental. Esta desordem, que afeta um único hemisfério cerebral, geralmente acontece em crianças com menos de 10 anos de idade. Representa uma doença rara que consiste numa reação inflamatória dos tecidos cerebrais, de modo crônico e lentamente progressivo, cuja etiologia é desconhecida.


Etiologia:
A etiologia da síndrome ainda é desconhecida. Contudo, estudos apontam que o citomegalovírus ou o herpes vírus simples possam ser os responsáveis por desencadear a desordem. Além disso, alguns pesquisadores indicam que fatores autoimunes são responsáveis pela encefalite de Rasmussen.


Quadro Clínico:


As manifestações clínicas desta síndrome envolvem:
 Convulsões focais ou multifocais,
 Movimentos involuntários de uma mão ou de um pé durante dias, semanas ou meses, caracterizando uma epilepsia parcial contínua.


Progressivamente, há o surgimento de:
 Fraqueza muscular de um lado do corpo, levando apenas alguns meses, ou até anos, para ocorrer paralisia de um braço ou perna.


Também podem ser observados:
 Disartria,
 Disfasia,
 Alterações comportamentais e de aprendizagem,
  Atraso mental.


Diagnóstico:
O diagnóstico é feito por meio do quadro clínico apresentado pelo paciente. A confirmação é feita por meio da ressonância magnética nuclear. Exame histopatológico revela acúmulo de linfócitos perivasculares, proliferação de nódulos microgliais, perda neuronal e glicose no hemisfério afetado.


Tratamento:
Nos casos em que não há hemiplegia:
 O tratamento é feito com anticonvulsivantes,
 Corticosteroides,
  Imunoglobulina intravenosa,
  Dieta cetogênica ( Na dieta cetogênica é eliminado o consumo de carboidratos. A alimentação se torna basicamente rica em proteínas.)
 Plasmaferese(é uma técnica utilizada para fazer a separação entre o plasma e os outros elementos do sangue e para remover do plasma os elementos que possam estar sendo responsáveis pela doença do paciente.)
  Imunoglobulina intravenosa e esteroide.


Quando não há remissão espontânea das convulsões:
 A melhor opção é realizar a hemisferectomia, que consiste na ressecção cirúrgica do hemisfério afetado. O diagnóstico precoce é importante para aumentar as chances de sucesso do tratamento.


Prognóstico:
A prognose para indivíduos com encefalite de Rasmussen varia. Sem tratar, a desordem pode conduzir a déficits neurológicos severos que incluem retardamento mental e paralisia. Em algumas cirurgias, os pacientes tiveram o número de convulsões diminuídas. Porém, a maioria dos pacientes acaba com alguma paralisia e déficits de fala.

Referências:
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Rasmussen
https://doencasneurologicas.blogs.sapo.pt/5866.html
https://doencasneurologicas.blogs.sapo.pt/5866.html

Leia Também:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1999000600023
www.spneurologia.com/index.php?option=com_docman...33.


Vale a pena assistir o filme:
Mãos Talentosas